O deputado do Parlamento checheno, Magomed Khambiev, partiu para conversações a manter no Exterior com os representantes dos separatistas, informa o periódico russo Nezavicimaya Gazeta.
Foi instruído pelo primeiro-ministro Ramzan Kadyrov (na foto) para se reunir com essas pessoas que por motivos políticos, militares ou outros haviam deixado a Chechênia, continuando se autodenominar desde então dirigentes do Governo independente. A missão de Magomed Khambiev consiste em esclarecer a eles que todos quantos não têm as mãos manchadas de sangue inocente podem retornar sem quaisquer problemas para a Chechênia.
Analistas discutem o estatuto da visita. Alguns acreditam que é a iniciativa própria de Kadyrov, outros que é sancionada por Kremlin.
Há poucos dias Akhmed Zakaev , o emissário checheno no exílio, recentemente nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros dos separatistas, sublinha num site pró-checheno que «os chechenos sempre pensaram que a independência lhes garantiria a paz e a segurança».
«No entanto, se de acordo com as leis internacionais puder ser encontrada uma outra solução para o problema da paz com os russos (...), então nós estamos preparados para as necessárias negociações», acrescenta Akhmed Zakaiev numa declaração no site www.chenchenpress.info.
Além disso o diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia, Nikolai Patruchev, havia convidado os elementos dos bandos armados que não tivessem cometido crimes graves que até o 1 de agosto entrem em negociações com representantes das autoridades legítimas, deporem as armas e voltarem para a vida civil.
O chefe dos serviços secretos russo, que preside ao Comité Nacional Anti-terrorista, apelou aos guerrilheiros que «olhem a realidade de frente» e abandonem a luta armada.
«A maioria dos participantes nas lutas armadas ilegais já depôs as armas e regressou à vida pacífica», destacou Patrushev no seu apelo, difundido pela agência russa Interfax, acrescentando que aqueles que depuseram as armas «já não têm necessidade de esconder-se e podem olhar as pessoas na cara, estar com os seus pais e educar os seus filhos».
Patrushev destacou que a «liquidação do cabecilha dos guerrilheiros, Shamil Basaiev, abriu uma oportunidade para aqueles que ainda não regressaram à vida pacífica».
«Esta oportunidade há que aproveitá-la para evitar novas e desnecessárias vítimas», sublinhou.
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