Os ministros dos Negócios Extrangeiros do G8 na sua conferência em Moscou combinaram o pacote dos principais documentos para a Cimeira a realizar-se em meados de julho em São Petersburgo.
Segundo o ministro russo Serghei Lavrov, os temas prioritários no encontro foram a segurança energética, o combate às doenças infeciosas e promoção do ensino. Foi também preparada uma minuta de declaração sobre a batalha ao terrorismo para ser aprovada pelos dirigentes máximos dos oito paises.
No comunicado emitido no final da reunião sobressai um apelo ao Governo do Irão para que se decida a aceitar a proposta formulada em Viena pelos "seis" (França, Alemanha, Grã-Bretanha, China, Rússia e Estados Unidos).
"Estamos desiludidos com a ausência de uma reacção oficial do Irão a essa proposta positiva", lê-se no documento, que adianta que os países do G8 esperam "uma resposta objectiva e substancial do Irão" durante o encontro do alto representante da UE, Javier Solana, com o secretário do Conselho Nacional de Segurança do Irão, Ali Laridjani, que vai ter lugar no próximo dia 5 de Julho.
Os chefes da diplomacia dos oito países abordaram a situação nas regiões do Mundo consideradas problemáticas, apelando para a resolução pacífica dos conflitos recorrendo às vias diplomáticas. O Médio Oriente, os Balcãs e a península da Coreia encontram-se entre as regiões que mereceram mais atenção, mas estiveram ainda presentes os temas do Iraque, Afeganistão, Sudão, Uganda, Haiti e Timor-Leste.
Condoleeza Rice levantou a questão das preocupações suscitadas pelos "desenvolvimentos da democracia na Rússia". Por seu lado, Serguei Lavrov, limitou-se a sublinhar que a política interna russa não tinha sido tema abordado, "embora nunca tenhamos fugido à discussão desses temas com os nossos colegas". A situação da Bielorrússia e os problemas da Moldávia e da Geórgia foram, também, analisados.
O relacionamento EUA-Rússia atravessa o período mais grave desde os tempos da guerra- fria. A Casa Branca insiste nas suas preocupações quanto ao desenvolvimento democrático da Rússia e à colaboração de Moscovo com o Irão, e altos responsáveis do Kremlin criticam publicamente a hegemonia norte-americana no Iraque e no Afeganistão.
Ao comentarem a situação no Iraque, os ministros condenaram o assassinato dos diplomatas russos em Bagdá e exigiram punir os autores dessa atrocidade.
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