Deixar um gatinho sair de casa pela primeira vez é um momento importante e que exige cuidados específicos. Ao contrário dos cães, gatos são animais territorialistas e sensíveis a mudanças. Por isso, liberar o acesso ao mundo exterior requer planejamento, paciência e algumas medidas para garantir a segurança do pet — e a tranquilidade dos tutores.
De acordo com especialistas em comportamento felino, o ideal é esperar que o gato tenha pelo menos seis meses de idade, esteja totalmente vacinado e, preferencialmente, castrado. Esse preparo reduz os riscos de doenças, fugas ou comportamentos indesejados. As orientações foram reunidas em uma reportagem recente do portal britânico Ham & High, que consultou veterinários e ONGs de proteção animal.
Antes de permitir o acesso ao exterior, é fundamental que o animal esteja microchipado e registrado. Isso garante que ele possa ser identificado em caso de fuga ou perda. Além disso, é importante criar um ambiente externo seguro, com acesso limitado a ruas, telhados ou locais de risco. Muitos tutores optam por usar coleiras com guia ou construir cercados apropriados para gatos, conhecidos como "catios".
Outro passo essencial é acostumar o gato ao novo ambiente gradualmente. O primeiro contato deve ser supervisionado, de preferência com o tutor presente, por curtos períodos. Permitir que o gato explore o jardim ou quintal sob observação ajuda a reduzir o estresse e a desenvolver confiança no ambiente. É importante não forçar a saída: o animal deve se sentir à vontade para ir e voltar quando quiser.
A recomendação é escolher um horário calmo, sem barulhos altos ou presença de outros animais. Gatos são extremamente sensíveis a estímulos sonoros e podem se assustar facilmente, correndo o risco de fuga ou acidentes. Além disso, após o primeiro passeio, o ideal é manter uma rotina: permitir saídas em horários semelhantes ajuda a criar uma sensação de previsibilidade e segurança.
Especialistas também orientam que o tutor observe o comportamento do gato após os passeios. Caso o animal apresente sinais de estresse, agressividade ou medo excessivo, é indicado reduzir o tempo fora de casa ou adiar as saídas até que ele se sinta mais confiante. Alguns gatos simplesmente não se adaptam ao ambiente externo — e tudo bem. Cada felino tem seu próprio temperamento.
Para quem mora em apartamentos ou locais com muito tráfego, alternativas seguras incluem varandas teladas, passeios com coleira peitoral ou ambientes internos enriquecidos com prateleiras, brinquedos e esconderijos. O importante é respeitar os limites do animal e oferecer estímulos que o mantenham ativo e equilibrado, mesmo dentro de casa.
Permitir que um gato explore o mundo externo pode ser uma experiência enriquecedora — desde que feita com responsabilidade. Com os cuidados certos, é possível garantir que cada passeio seja uma aventura segura, saudável e positiva tanto para o pet quanto para seus cuidadores.
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