O principal desafio da humanidade é integrar todos os humanos na vida política, social, econômica e humana. A sociedade pós-revolução industrial é o maior fracasso de todos os tempos: do lado dos incluídos estima-se 2,0 bilhões de viventes; do lado dos excluídos, 4,3 bilhões. De cada 3 habitantes do planeta, 2 estão excluídos.
Pouco adianta os avanços da tecnologia e conhecimento se a riqueza se concentra cada vez mais nas mãos de poucos. A previsão é mais desafiadora: nos próximos 20 anos de cada 4 habitantes, 3 estarão excluídos. Esta forma de construção societária peca pelo bom senso. É óbvio que os ricos tendem a sobreviver em um clima de preocupante segurança. Precisarão cercar suas casas, blindar seus carros, e viver prisioneiros em ilhas paradisíacas. Como está serão cada vez mais seqüestrados, assaltados, roubados.
A teoria Bush considera a priori os incluídos como eixo do bem. Os demais pertencem ao mal. Serão exterminados em holocaustos on line como ocorre no Iraque, no Afeganistão, no Oriente Médio. A pseudo democracia norte-americana passa por cima da liberdade e dos direitos humanos. Tortura. Segrega. Extermina. Compreende evolução como a participação no mercado de consumo. Nada mais.
Desrespeita culturas, tradições, valores, histórias. A Mesopotâmia é um dos berços da civilização. O local foi retaliado pelas armas de destruição em massa dos invasores. Só importa a exaustão do petróleo e o posicionamento estratégico militar. O povo dos rios Tigre e Eufrates é mera figura decorativa, indesejada.
Esta economia da corrida pelo ouro, custe o que custar, vem destruindo o planeta tanto no nível social como ambiental. É preciso inventar o Nobel do Non-Sense. Bush, o senhor dos senhores, já é titular vitalício. A série deve abranger Blair, Sharon, Annan entre outros.
O Império Inca dos anos 1.400 a 1.532 é uma bela lição de economia participativa. Existiam três mandamentos fundamentais: não mentir, não roubar, não vagabundear. Todos participavam da vida política, social, econômica e humana. O Estado cuidava de todos deficientes, doentes e idosos.
Alguns lugares do mundo como Noruega e Suíça servem de exemplo para o mundo contemporâneo. Vivem a economia participativa. Todos fazem parte integral da comunidade.
No Brasil, a desigualdade é gritante. 1,8 milhões de ricos ganham mais que 90 milhões de pobres. De 180 milhões de habitantes, 50 milhões fazem parte do mercado de consumo. O resto vive excluído. Proliferam favelas, moradores de rua, catadores de lixo. O Lula do famigerado Fome Zero governa para os ricos. Para os pobres, compete com o Pinóquio. Promete emprego, educação, saúde. Parece bem intencionado. É o operário padrão mágico: assenhoreou-se do poder à custa dos pobres.
Orquiza, José Roberto escritor [email protected]
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