A Marcha pela Água

A Marcha pela Água foi impulsionada pelo MTST e contou com a importante participação e apoio de vários movimentos sociais, partidos, sindicatos, entidades estudantis e populares.

Nos concentramos às 17 horas no Largo da Batata e marchamos até o Palácio do Governo. Fomos recebidos pelo chefe da casa civil, Edson Aparecido, onde apresentamos nossas reivindicações e denúncias: apontamos a falta de transparência nas informações divulgadas pela Sabesp e pelo governo do Estado a respeito da real situação dos reservatórios e do uso da água da represa Billings; nos posicionamos contra a penalização da população mais pobre que já vem enfrentando rodizio e racionamento; discordamos veementemente contra o aumento da tarifa e cobramos a ruptura dos contratos de demanda firme com grandes empresas.

O Governo Estadual assumiu os seguintes compromissos:

1°. Reeditar o decreto do Comitê de Crise, até então restrito ao governador e prefeitos, para incluir o MTST e outros movimentos sociais.

2°. Compromisso em formar uma comissão para identificar os locais que tem falta d'água crônica.

3°. Distribuição de caixas d'água na periferia;

Reunião com Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp, na semana que vem para discutir a operacionalização, além de distribuição de cisternas, construção de poços artesianos e envio de caminhões pipas as regiões mais necessitadas;

4° Compromisso em avaliar os contratos de demanda firme estabelecido com grandes gastadores e apresentar uma resposta até a próxima semana.

Apesar da insistência do movimento, não houve compromisso com relação ao cancelamento do reajuste da tarifa de água e multas. O governo permanece ainda não reconhecendo oficialmente o racionamento seletivo, mesmo com apresentação de inúmeros casos de regiões que já vem convivendo com o problema.

Avaliamos que a grande mobilização popular de hoje conquistou importantes vitórias, demonstrando que o povo organizado é capaz de conquistar mudanças.

Mas o MTST ficará atento para garantir as conquistas da reunião e continuará mobilizado contra a política que penaliza os mais pobres a pagar o preço da crise hídrica. Reafirmamos ainda que não aceitaremos nenhum aumento da tarifa.

 

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO MTST

 

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