(Carolus Wimmer - Secretário de Relações Internacionais do PCV)
Caracas, 07 de julho 2010, Tribuna Popular TP - "Os Estados Unidos buscam avançar em sua estratégia de militarização do continente americano para conter o avanço dos movimentos sociais na América Latina, com ocupações em cada país, desta vez na Costa Rica, com introdução neste território de sete mil marines estadunidenses, 46 navios de guerra, 200 helicópteros armados e aviões de combate modernos diversos, tudo com a permissão do governo fantoche deste país da América Central."
Dessa forma se expressou o vice-presidente do Parlamento Latino-Americano (Parlatino) e Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista da Venezuela (PCV), Carolus Wimmer, denunciando a autorização concedida pelo governo da Costa Rica para que os Estados Unidos introduzam uma grande quantidade de armamento e soldados no solo da Costa Rica, sob o pretexto do combate ao tráfico de drogas.
"Esta ocupação mostra que o imperialismo estadunidense segue com a pretensão de aplicar a Doutrina Monroe, agora convertida em Doutrina Obama, para novamente tentar controlar o que eles chamam de seu quintal, e para tentar alcançar esse controle, expandem o teatro de guerra na América Latina com uma nova ocupação militar. Após Haiti, Panamá, Colômbia, Peru, agora eles fazem o mesmo na Costa Rica", acrescentou.
Para o parlamentar esta nova ocupação é a resposta do imperialismo norte-americano contra a derrota sofrida por eles frente a crescente integração da América Latina e define como exemplo a última reunião de chanceleres da América Latina e do Caribe, realizada na semana passada em Caracas, onde se continua a demonstrar a determinação de avançar na formação de um organismo regional, sem a hegemonia dos EUA.
O dirigente comunista observou que o argumento usado para a ocupação não é crível porque tal quantidade de armas pesadas é ineficiente para controlar um fenômeno como o tráfico de drogas, e demonstra que a ocupação mostrou o servilismo do governo costarriquenho.
"A autorização para a ocupação foi solicitada pela embaixada dos Estados Unidos através de uma carta pedindo imunidade absoluta para os seus oficiais e soldados, e que possíveis reclamações de terceiros devem ir a tribunais militares e civis estadunidenses. Todas estas condições foram aceitas sem contestação por parte do governo fantoche da Costa Rica", disse o deputado.
Finalmente, Wimmer pediu solidariedade com a luta dos povos e as organizações revolucionárias na Costa Rica para conseguir uma retirada do imperialismo estadunidense e o retorno da soberania para a América Latina.
"Esta ocupação militar foi uma condição imposta sobre a Costa Rica no Tratado de Livre Comércio, assinado pelo ex-presidente Oscar Arias e já tinha tornado o país da América Central em um protetorado de Washington, por isso devemos manifestar a nossa solidariedade com as organizações populares da Costa Rica , que já anunciaram que vão lutar com todas as suas forças contra esta nova agressão imperialista ", concluiu Carolus Wimmer.
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