Falo

falo
da vida
da pura e exuberante alegria dos amantes
dos seus corpos
que renascem
do riso solto
do sorriso prendido
mas diabólico
no olhar

falo
do trabalho
do prazer de modificar(mos)
da acumulada sabedoria das mãos
e da inteligência

falo
da aleluia
das ideias
dos actos
dos corpos uníssonos

uma certa via
para o restabelecimento das verdades

falo
dos tantos rostos despertos
no logo manhã
de nos irmos ao trabalho

é uma plêiade de ardores que passam
no luxuriante perfume
de o dia ser recente e estar(mos)
desperto(s)

frescas
as caras
e os andares
audazes

há muita esperança simultânea
nas manhãs

refluir
de acreditares
que o cada dia novo
levanta

como
mais um ensaio
hipótese de quimera
braço de vontade
esquina próxima
esquivo
acaso

um objectivo
além


nestas certas manhãs
um desusado ajuntamento
dos corações
dos sangues
das
gentes

prisma
ângulo quase perfeito
de como o humano
é
belo

e se pode
puro
e
dado
espontâneo
e
pacífico
solto
e
possuído
de
paixão

flanqueado pela novidade
reverberante
alegria

o grande desprendimento
da vida
a sua riqueza vária
e exuberante

deflagrando
o dia

Filipe Chinita

http://jdei.wordpress.com/2010/03/07/falo/

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