Segundo o Portal Terra, o chefe do setor de inteligência da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco), Jorge Gehrard, afirmou que a milícia Liga da Justiça pretendia dominar todas as favelas da zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o grupo paramilitar atuava diretamente nas áreas consideradas mais lucrativas e concedia a exploração para terceiros de regiões menos vantajosas.
- É como se a Liga da Justiça fosse a matriz e tivesse várias filiais, ou seja, milícias menores que tinham que pagar taxa para funcionar. Se isso não ocorresse, o responsável por aquele grupo paramilitar era morto - destacou Gehrard.
Ele disse ainda que um dos pontos que funcionava como "filial" da Liga da Justiça era a favela do Batan, em Realengo, onde uma equipe do jornal O Dia foi torturada em maio, quando realizava uma reportagem sobre as atividades criminosas realizadas na região.
- Existe a suspeita que o Odney (suposto chefe do Batan que foi preso) também seja um dos braços direitos do Natalino (Guimarães, deputado estadual) - afirmou Jorge Gehrard.
De acordo com a polícia, o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) e seu irmão, o vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho (PMDB), seriam os líderes da Liga da Justiça. Natalino foi preso na última segunda-feira e Jerominho está detido desde o final do ano passado. A quadrilha movimentaria R$ 2 milhões por mês.
- Das favelas controladas por milicianos na zona oeste, eles só não conseguiram entrar em Rio das Pedras, em Jacarepaguá - afirmou o chefe do setor de inteligência da Draco.
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