A pequena Sunam de três anos encontra-se entre os 16% de crianças afegãs casadas antes que atinjam 15 anos de idade.
Seu pai, Parvez Sunam, havia prometido sua mão ao seu primo (também menor de idade) Nieem. O trato fez parte de um presente que seu pai resolvera dar para a mãe do rapaz, que queria uma filha, escreve The Sun.
Apesar da polêmica, sua tia Najiba diz que o matrimônio é "inquebrável" e que o divórcio não faz parte das tradições do seu povo.
Em casamentos forçados e infelizes, o homem pode ter a mulher que ele ama como segunda esposa de acordo com a cultura islâmica e afegã. Se há liberdade para o homem, as meninas ficam presas, algumas até cometem suicídio.
Na província de Kapisa, ao Norte de Cabul, uma menina de 18 anos matou-se com um tiro porque sua família não aceitou romper o noivado de três anos com um viciado em drogas, em agosto. Outras fogem e acabam se afundando em drogas ou prostituição.
A idade legal mínima para casamentos no Afeganistão é de 16 anos para as mulheres e 18 para os homens, mas muitos conseguem seduzir as famílias, oferecendo o dobro do salário médio anual e conseguindo assim fazer um casamento fora da legalidade.
Grupos de direitos humanos estão apelando para acabar com esta prática. Manizha Naderi, dos direitos das mulheres afegãs, disse: "Isso é uma barbárie."
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