O escritor moçambicano Mia Couto venceu o Prémio União Latina 2007 de Literaturas Românicas anunciou ontem, em Roma, o júri do galardão. Trata-se do primeiro escritor africano a receber o prémio. O escritor dedicou o galardão a «todos os colegas» do panorama literário do seu país, «em especial» José Craveirinha, avançou a Lusa.
Ontem, o crítico e ensaísta literário Fernando J.B. Martinho disse que Mia Couto é um narrador exímio com uma forte dimensão poética muito importante.
O aspecto mais importante na escrita de Mia Couto é o trabalho com a linguagem, destacou o crítico e professor catedrático, sublinhando a dimensão poética da obra do escritor moçambicano.
Também o ensaísta português Arnaldo Silva sublinhou a solidez da obra de Mia Couto, um escritor que se distingue entre os que usam a língua portuguesa, uma língua que deriva do latim, e por isso o prémio foi bem atribuído.
Criado em 1990 pela União Latina, organização internacional fundada pela Convenção de Madrid para evidenciar e difundir a herança cultural e as identidades do mundo latino, o galardão tem um valor de 12 mil euros.
O Prémio União Latina de Literaturas Românicas foi instituído para homenagear a diversidade do património literário latino, consagrando, todos os anos, um romancista de língua latina cujas obras merecem ser difundidas amplamente e traduzidas nas outras línguas latinas. Já foi atribuído, entre outros, a Agustina Bessa-Luís (1997), António Lobo Antunes (2003) e José Cardoso Pires (1991).
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