Poema in MEMORIAM DE MAHLAZINE ©
Xipócués e xiguevengos / em caMpfumo, / violentos, / uma vez mais, cobrando / seu mupahlo de sangue / aos novos senhores / da terra mártir. /
Lourenço Marques, Maputo, / qual é a diferença? / Se os antigos a chamaram de caMpfumo? / Nem os Tembes dizem Maputo, / mas Móphutso! /
Xicuembos seculares de caMpfumo / Indignados, vagueiam / esperando a grande missa de exorcismo / para fembar os malignos; / madjina, shaituanes e xiguevengos. /
Até lá, a terra amada, chora, / lágrimas de sangue. / Até quando? / Pergunta o vento / cheirando a pólvora queimada, / agora e neste momento ! /
João Craveirinha© (28 Março 2007)
Poema de Pedro Lavieque 22 de Março de 2007
A força do mercúrio fermentado / Em metal mortal tecnicamente embalado / Sacudiu o casulo com raiva e maldição / Cobriu a capital de medo, pânico e rendição /
Do efeito Flávio o país ainda se vacinava / Das águas do Zambeze a vida despontava /
Numa solidariedade típica da nossa terra / Longe de fricções de artefactos de guerra /
De repente, entre almoço e jantar / Sonhos e projectos de viver e plantar / Ruíram em núvem da Hiroxima feita sabre / Destinos evaporaram em cogumelo fúnebre /
O povo procura explicação da tragédia / Entre feridos, mutilados e assassinados / Vasculha na sua tradicional enciclopédia / Nega que seus filhos estejam assim destinados / Na dor, luto, desespero e sofrimento / Esqueçamos politiquices de charneira / Olhemos a vida em toda sua esteira / E fortaleçamos a nossa nação em crescimento . /
Pedro Lavieque, 27.Março.2007Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter