Na declaração desta segunda-feira, Natascha Kampusch, de 18 anos, a jovem austríaca que permaneceu no cativeiro em um quarto subterrâneo durante oito anos disse precisar de tempo para contar sua história.
"Dêem-me tempo para que eu mesma possa contar minha história", disse Natascha Kampusch em uma declaração lida por seu psiquiatra.
Ela disse que entende a "curiosidade" da imprensa sobre sua vida com o captor, mas insistiu que não responderia a perguntas sobre sua intimidade.
Ela mencionou, no entanto, que os dois faziam refeições e assistiam à televisão juntos.
O seqüestrador, Wolfgang Priklopil, cometeu sucídio ao se posicionar nos trilhos de um trem que se aproximava, após a jovem ter escapado do cativeiro.
A jovem disse que Priklopil "não era meu dono, apesar de ele querer ser - eu era tão forte quanto ele".
Ela disse que "a morte dele não era necessária". "Ele era parte de minha vida, por isso estou de luto, de certa forma".
Kampusch está em um local seguro, onde conta com apoio psicológico. A polícia diz que ela não pediu para rever os pais após o breve reencontro que eles tiveram.
Natascha escreveu um diário contando todos os seus momentos no cativeiro subterrâneo, revelou o site do jornal inglês "The Times".
Rupert Leutgeb, porta-voz da família, confirmou que Natascha guardou centenas de páginas com o registro de seu tempo presa no subterrâneo. Ele acrescentou que nenhum detalhe será revelado até que ela decida o que fazer com o diário.
Agências de notícias
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