O filme suíço «Das Fraulein» de Andrea Staka conquistou Leopardo de Ouro do Festival de Locarno. Júri distinguiu com uma menção especial «Body Rice» do português Hugo Vieira da Silva. A vencedora já apresentado «Hôtel Belgrad» em 1999.
O júri deste 59º Festival Internacional de Locarno decidiu entregar uma menção especial a Vieira da Silva pela sua estimulante e original expressão cinematográfica e a corajosa criatividade.
O Leopardo de Ouro, a mais alta distinção do festival suíço, foi para a co-produção helvético-alemã «Das Fraulein» (A Menina, tradução para português), que evoca o encontro em Zurique de três mulheres vindas da ex-Jugoslávia.
A cineasta Andrea Staka nasceu em 1973 na Suíça, oriunda de uma família da ex-Jugoslávia e tinha já apresentado ao Festival de Locarno, em 1999, a curta-metragem «Hôtel Belgrad». Em 2000 realizou o documentário «Yougodivas». A realizadora afirmou que em «Das Fraulein» procurou demonstrar através das personagens que apesar das semelhanças, cada um é único. Esta constatação é uma metáfora da divisão da Jugoslávia, mas de modo algum nostálgica, rematou.
O prémio especial do júri foi atribuído ao filme norte-americano «Half Nelson» de Ryan Fleck que relata a descida ao inferno da droga de um brilhante professor. O Prémio Melhor Realizador foi para o francês Laurent Achard pelo filme «Le dernier des fous».
Interpretação
O Leopardo para a Melhor Interpretação Feminina foi para a actriz Amber Tamblin em «Stephanie Daley» de Hilary Brougher (Estados Unidos). O actor alemão Bughart Klaussner venceu o Leopardo para a Melhor Interpretação Masculina pelo seu papel de um embaixador na Geórgia em «Der mann von der botschaft» de Dito Tsintsadze (Alemanha). O Prémio do Público foi para «Das lebel der anderen» do alemão Florian Henckel von Donnersmarck. O Leopardo de Ouro na competição «Cineastas do presente» foi atribuído à alemã Angelina Maccarone pelo seu filme «Verfolgt».
O filme «Das fraulein» foi o único helvético em concurso e não esteve ausente de polémica, já que um dos membros do júri a produtora e realizadora austríaca Barbara Albert, demitiu-se no decorrer do festival, depois de se ter sabido que tinha sido consultora sobre o cenário.
A actriz francesa Emmanuelle Davos escusou-se a integrar o júri por razões pessoais.
O júri foi presidido pela realizadora Ann Hui (Hong Kong) e integrado pelo realizador japonês Nobuhiro Suwa, o produtor alemão Peter Rommel, o realizador italiano Antonio Capuano e o fotógrafo e realizador suíço Edo Bertoglio.
Fonte O Primeiro de Janeiro
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