União Africana pede alívio das tensões na Nigéria
Abuja, 22 Out (Prensa Latina) O Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou o uso da força contra as manifestações na cidade nigeriana de Lagos e apelou para uma redução da tensão.
Em uma declaração emitida hoje, Faki Mahamat rejeitou o uso da violência nos confrontos na populosa cidade entre autores e tropas de choque que causaram mortes e feridos, e pediu para buscar entendimento para reduzir a tensão neste país, o mais populoso do continente.
O responsável da União se dirigiu a 'todos os atores políticos e sociais para rejeitar o uso da violência e respeitar os direitos humanos e o Estado de Direito'.
Na mensagem ele também saudou a decisão do governo nigeriano de dissolver o Esquadrão Especial Anti-Roubo, cujos excessos motivaram os recentes protestos, e disse que esta decisão oficial era um passo importante.
O Presidente da Comissão da União Africana reiterou o compromisso da organização de 'continuar a acompanhar o governo e o povo da Nigéria em apoio a uma solução pacífica', enquanto encoraja as autoridades a 'conduzir uma investigação para assegurar que os perpetradores da violência sejam responsabilizados'.
No início de outubro, os jovens nigerianos começaram uma campanha no site de rede social Twitter para que o governo dissolvesse a unidade especial depois que imagens de vídeo circularam mostrando agentes da unidade especial matando um homem em Ughelli, no estado do delta sul.
Os protestos se espalharam e seu maior palco tornou-se a cidade de Lagos, onde na terça-feira à noite ocorreram confrontos entre manifestantes e forças de segurança, que dispararam contra a multidão, causando um número indeterminado de mortos e feridos.
Na quarta-feira, o presidente nigeriano Muhamadu Buhari pediu 'calma' em todo o país e expressou seu 'compromisso total' com a implementação de 'reformas duradouras' na força policial.
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