Defesa de Lula pede liberdade total para ex-presidente do Brasil

Defesa de Lula pede liberdade total para ex-presidente do Brasil

 

Brasília, 28 de setembro (Prensa Latina) A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje cumpre 539 dias de prisão política, pediu a libertação total do ex-presidente a pedido do Ministério Público para passar para o regime semi-aberto.

 

O ex-líder operário 'deve recuperar sua total liberdade porque não cometeu nenhum crime e foi condenado através de um processo ilegítimo corrompido por flagrante nulidade', escreveu em nota o advogado Cristiano Zanin Martins, que faz parte da defesa.

Ele disse que 'sem prejuízo disso, vamos conversar novamente com Lula na próxima segunda-feira sobre o direito em questão para que ele possa tomar uma decisão sobre isso.

Zanin Martins explicou que qualquer que seja a posição do fundador do Partido dos Trabalhadores sobre a progressão da sentença, nunca poderá prejudicar o julgamento da suspensão do ex-vereador e ministro da Justiça, Sérgio Moro, que condenou Lula, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Advertiu que, com esse pedido, o MPF tenta impedir que o Supremo Tribunal julgue Moro, que agiu parcialmente contra o ex-governador e, portanto, 'todo o processo deve ser anulado, com a restauração de sua plena liberdade'. Os promotores da operação anti-corrupção Lava Jato perguntaram à Justiça Federal que o 73-year-old ex-mandatário passa para o regime semi-aberto que lhe permitiria deixar prisão durante o dia para trabalhar e então voltar a dormir.

A equipe de agentes públicos da Lava Jato argumentou que o ex-chefe de Estado já cumpriu um sexto de sua sentença e deve avançar para um regime mais suave, conforme determinado pelo direito penal brasileiro.

Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por supostos atos de corrupção, a pena foi estendida em segunda instância para 12 anos e um mês, e depois reduzida para oito anos e 10 meses.

Este mês, o antigo dirigente sindical pôde requerer a prisão domiciliária cumprindo um sexto dos oito anos e dez meses de prisão.

No entanto, o ex-metalúrgico, que está preso desde 7 de abril de 2018 na sede da Polícia Federal, na cidade de Curitiba, foi condenado a mais 12 anos e 11 meses de prisão em um caso muito semelhante, mas ainda não confirmado no segundo.

A defesa considera que o ex-presidente é vítima de perseguição judicial e política, e Lula reitera em todos os momentos que não mudará sua dignidade pela liberdade.

tgj/ocs/cc

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