O governo federal vai investir E$ 110 milhões, até o fim deste ano, nas ações para a redução da mortalidade infantil na Amazônia Legal e no Nordeste. A meta é reduzir, no mínimo, em 5% o número de óbitos em 38 municípios prioritários. Nesta semana, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, visitou o Maranhão e o Piauí, estados que receberão R$ 10,2 milhões e R$ 8,3 milhões, respectivamente.
A agenda na região segue até quarta-feira (27) e inclui também reuniões nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As viagens têm como objetivo reforçar a importância do pacto pela redução da mortalidade infantil (menores de um ano de idade), que foi firmado com os gestores locais, com destaque para os neonatos crianças com até 27 dias de vida.
O pacto prevê ações em um total de 250 municípios. Entre 2000 e 2007, no Brasil, morreram 443.946 crianças menores de um ano de idade. No Nordeste, foram 144.003 e na Amazônia Legal (incluindo o Maranhão), 76.916. Nas duas regiões, o número de óbitos somou 220.919 ou quase 50% do total nacional. Assim, a Amazônia Legal e o Nordeste estão entre as prioridades do governo federal, decidido a diminuir as desigualdades regionais até 2010. Além da mortalidade infantil, especialmente a de neonatos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer reduzir o sub-registro de nascimento, o analfabetismo e garantir mais investimentos na agricultura familiar.
Na segunda-feira (25), em São Luís (MA), o ministro Temporão participou da cerimônia de assinatura do acordo entre a governadora Roseana Sarney e 38 prefeitos dos municípios prioritários. Já, em Terezina, encontrou-se com o governador Wellington Dias e 24 prefeitos dos municípios prioritários. O objetivo da ação é reduzir, no mínimo, em 5% o número de mortes de crianças menores de um ano de idade.
Capitais - No Nordeste, capitais como Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió, São Luís, Teresina, Natal e Aracaju estão no topo do ranking entre os 154 municípios eleitos prioritários na região pelo elevado número de óbitos infantis. O critério de seleção dos municípios levou em conta o total de óbitos em número absolutos em cada um deles.
Maranhão, Acre, Pará e Amazonas ainda registraram os maiores índices de mortalidade infantil da Amazônia Legal, com quedas anuais inferiores a 5% no período de 2000 a 2007, ficando abaixo da meta anual mínima fixada até 2010. O Tocantins, entre 2000 e 2007, alcançou uma redução de 3,9%, a maior da região, embora a taxa de mortalidade, em 2007, tenha sido de 21,4 por mil nascidos vivos.
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