A China deverá ultrapassar este ano os Estados Unidos como maior emissor de gases com efeito de estufa. A Agência Internacional de Energia (AIE) já tinha previsto que tal viesse a acontecer em 2010, mas o rápido crescimento da economia chinesa - em 2006 atingiu os 11% - está a agravar de forma assustadora a situação ambiental do país.
Fatih Birol, especialista em economia da AIE, explicou ao The Independent a necessidade de envolver as potências emergentes, como a China e a Índia, no esforço global para limitar a emissão de gases com efeito de estufa. Se não tomar medidas nesse sentido, dentro de 25 anos, a China emitirá tanto dióxido de carbono (CO2) como os 26 países mais ricos do mundo juntos.
E os números já são impressionantes. Em 2006, emitiu 5,6 mil milhões de toneladas de CO2, enquanto os EUA emitiram 5,9 mil milhões de toneladas. Em
Apesar das ameaças que estes gases, responsáveis pelo aquecimento global, representam, o Governo chinês recusa limitar as emissões, provocadas sobretudo pelas centrais energéticas alimentadas a carvão. Todos os anos, o país queima mais de dois mil milhões de toneladas desse minério.
Birol lamentou que Pequim ignore os esforços já desenvolvidos por outros países. A atitude das autoridades chinesas ameaça a criação de um novo tratado internacional para redução das emissões de gases poluentes que deverá suceder a Quioto. Este abrange apenas as nações desenvolvidas, que se comprometem a reduzir até 2012 as emissões de gases poluentes abaixo dos níveis de 1990.
Ontem, a Greenpeace alertou para a gravidade da situação na China, um dia após Pequim ter admitido que o aumento das temperaturas provoca secas prolongadas, aumento dos desertos e escassez de água.
Fonte Diário de Noticias
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