A caça de primatas para consumo humano está a deixar várias espécies em risco de extinção na América Central e do Sul, avisa um relatório divulgado na segunda-feira (12) por organizações de defesa dos animais.
Só as populações rurais da Amazônia brasileira consomem até 5,4 milhões de primatas por ano, mas os números nas Américas Central e do Sul juntas são muito superiores, indicam as organizações Care for the Wild International e Pro Wildlife em um relatório.
A reprodução lenta e a preferência por viver em pequenos grupos aumentam as ameaças sofridas por muitos animais. Espécies grandes, como os macacos aranha ou os macacos da cara branca, já desapareceram de muitas regiões.
"Prevemos outro aumento das atividades de caça no final da estação de chuvas, quando os animais estão em condições físicas magníficas", disse Sandra Altherr da "Pro Wildlife".
Os métodos tradicionais de caça estão sendo substituídos cada vez mais por armas modernas, o que está aumentando a eficiência dos caçadores.
Outros fatores que aumentam a ameaça são a crescente comercialização do que até agora era caça para a subsistência, equipamentos e técnicas modernas, além de povoações humanas cada vez maiores.
Segundo o relatório, em diferentes lugares da Amazônia a biomassa de grandes primatas caiu até 93,5%.
Fonte: Estadão
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