Representantes da Jordânia, Israel e da Autoridade Palestina reuniram-se ao longo das margens do Mar Morto para definir detalhes de um estudo para salvar o lago, que encolhe cada vez mais, e concordaram em seguir adiante com planos para extrair água do Mar Vermelho.
A superfície do Mar Morto - que tem uma das águas mais salgadas do mundo, e é o ponto mais baixo em terra, a cerca de 400 metros abaixo do nível do mar - vem se retraindo em cerca de um metro a cada ano pelos últimos 20 anos, por conta da evaporação. Israel e Síria são acusados, além disso, de desviar água de rios que abastecem esse grande lago.
Em 2005, palestinos, israelenses e jordanianos pediram ao Banco Mundial que financiasse um estudo de viabilidade para o resgate do Mar Morto. O banco aprovou o projeto e emitiu um apelo para doadores em potencial. França, Japão, EUA e Holanda concordaram em bancar o estudo, de US$ 15 milhões.
O trabalho analisará as conseqüências sociais e ambientais de transferir água do Mar Vermelho para o Mar Morto, disse o ministro de Água e Irrigação da Jordânia, Mohammed Thafer al-Alem. Se o ritmo atual de perda de água prosseguir, o Mar Morto terá desaparecido em 50 anos.
O projeto de um canal entre o Mar Vermelho e o Mar Morto deverá custar mais de US$ 1 bilhão. A água fluiria naturalmente, graças á diferença de altitude entre as duas áreas.
Se o plano for executado, o trecho de deserto de quase 400 km entre os dois mares vai se beneficiar do fluxo de água, e passará a contar com potencial agrícola. A dessalinização das águas poderá oferecer água potável para palestinos, israelenses e jordanianos.
A fonte é AP
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