Eleições num regime pós-fascista e empobrecedor
Só um regime tolerante com o fascismo e o racismo ignora as suas próprias leis. Diz a Constituição que:
... "Não são consentidas... organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista" (artº 46º nº4)
... Perdem o mandato os deputados... por participação em organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista" (artº 160º nº 1
... e, no entanto, o Chega e o seu führer estarão na Assembleia da República
Sumário
1 - Um jogo de batoteiros e de aprendizes na difícil arte do gamanço
2 - O regime pós-fascista não é capaz de um enumeramento decente
3 - Vereadores camarários eleitos por fantasmas
4 - A evolução dos resultados eleitorais (1976/2019) e o descrédito do regime pós-fascista
5 - - O falhanço do regime pos-fascista
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1 - Um jogo de batoteiros e de aprendizes na difícil arte do gamanço
Registou-se no passado dia 6 mais um concurso eleitoral para escolha de quem vai colher e utilizar o produto do saque fiscal de que a plebe é vítima.
Os artistas participantes na romaria eleitoral têm objetivos muito claros:
· alimentar uns milhares de bocas de uns quantos dos seus membros sabendo-se que uns roubam a horta, enquanto outros guardam à porta, num contexto muito solidário;
· funcionar como zelosos intermediárias dos interesses do sistema financeiro global, das multinacionais e do capital mafioso, sem esquecer o municiamento do distinto empresariato luso;
· manter toscos espetáculos de wrestling televisivo para que não sobre à plebe um tempo de aborrecimento ou de lucidez, durante as ausências de futebol.
Também como no futebol, há várias divisões, no referido concurso, com distribuição de taças variadas - umas de prata, outras de lata e as últimas de plástico.
Na primeira divisão, estão os participantes do partido-estado, o PS e o PSD, que repartem entre si, há 45 anos a posse da taça, perante a alegria dos adeptos do ganhador do momento e a tristeza dos perdedores que ficam, durante alguns anos a remoer e a preparar a desforra. Mas, enfim, há mar e mar, há ir e voltar; ou melhor, há mentir e roubar e esperar pela vez de roubar e mentir. Felizmente, para aqueles clubes, os adeptos são fiéis e mansos, aceitando com bonomia o local periférico do estádio, tal como aceitam a má qualidade da uma prática desportiva, competitiva, que confundem com democracia.
Nesse campeonato, a figura de árbitro é preenchida por uma gravata que tem um papagaio palrador por detrás; e a que os idiotas dedicam respeito e reverência, mesmo que seja apenas uma excrescência monárquica.
Mas também há uma segunda divisão! Participam o BE, o PCP (que tem uma equipa B conhecida pelos Verdes, dada a cor da camisola) e ainda um tal CDS que em tempos preenchia um táxi alugado; agora preenche também um táxi mas, desta vez, o motorista também é do clube.
Os dois primeiros dizem ser produtivos em jogadas pelo lado esquerdo do recinto mas, na realidade, raras vezes passam do meio-campo. O terceiro, acantona-se no lado direito do campo, muito chegado à linha lateral e sem ultrapassar o centro do terreno. Claro, que ganhar o campeonato da segunda divisão não dá direito à posse da taça (que, note-se tem a configuração do pote das migas); mas gostam de participar e ver a bancada a vibrar e aplaudir.
Finalmente, a turbamulta da terceira divisão, cuja composição integral ninguém recorda; é muito variada e só visível uma vez em cada quadriénio - e, quase sempre porque têm o nome nuns papelinhos que a ordeira populaça colocará na urna onde enterram os seus direitos e desperdiçam os seus futuros.
Uns, até divertem, são um género de Harlem Globe Trotters pelas piruetas que fazem em campo. Vejamos alguns casos:
E assim vai Portugal, uns vão bem e muitos mal, como diz o Fausto Bordalo Dias.
Ler o original e na íntegra
https://grazia-tanta.blogspot.com/2019/10/eleicoes-num-regime-pos-fascista-e.html
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