IV Congresso da cidadania lusófona faz balanço da convergência "não realizada"
Promovido pelo MIL-Movimento Internacional Lusófono, o IV Congresso da Cidadania Lusófona vai decorrer nos dias 22 e 23 de Março, em Lisboa, nas instalações da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Universidade Lusófona. O Congresso reunirá uma série de personalidades que se têm batido pelo reforço dos laços entre os países e regiões do espaço da Lusofonia, nos planos cultural, social, económico e político. Nesse âmbito, estarão presentes uma série de associações da Sociedade Civil de todo o espaço da Lusofonia, para fazerem o balanço da CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, 20 anos após a sua criação, o que é também o tema geral do Congresso, numa perspectiva da Convergência Lusófona.
Para a organização, «se a CPLP não tem feito mais em prol deste caminho da Convergência Lusófona, embora pudesse ter feito muito mais, tal decorre não tanto por incapacidade própria, mas, sobretudo, por falta de empenho dos diversos Governos», salienta Renato Epifânio, presidente do MIL.
O conceito de "cidadania lusófona", que foi lançado há quatro anos, surge num contexto de apelo à interiorização e assunção com naturalidade da cidadania lusófona, uma lacuna de identidade nacional, uma vez que os portugueses já têm interiorizadas as visões de "cidadãos portugueses", "cidadãos europeus" e até de "cidadãos do mundo", mas ainda não como "cidadãos lusófonos".
Entretanto, tal como ocorreu nos três primeiros congressos da Cidadania Lusófona, também neste será entregue o Prémio Personalidade Lusófona, uma distinção promovida pelo próprio MIL-Movimento Internacional Lusófono, que conta com o patrocínio do Instituto Internacional de Macau. Depois de Lauro Moreira, Ximenes Belo, Adriano Moreira, Domingos Simões Pereira, Ângelo Cristóvão e Gilvan Müller de Oliveira, o premiado deste ano será D. Duarte de Bragança, em reconhecimento de todo o seu incansável trabalho em prol da difusão do ideal da Lusofonia, algo que, como se pode testemunhar, transcende por inteiro as posições pró-monárquicas ou pró-republicanas.
Durante o evento, será lançado o número 17 da revista "Nova Águia", que tem como tema central a importância das Diásporas para a Lusofonia.
Criado em 2010, este movimento cultural e cívico, que conta já com mais de 30 milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono, procura cumprir o sonho de Agostinho da Silva, ou seja, a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade assente no reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono a todos os níveis: cultural, social, económico e político. O MIL está sediado no Palácio da Independência, em Lisboa, e é membro da PASC-Plataforma Activa da Sociedade Civil.
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