O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, enviou ontem (13) ao Congresso para ratificação o acordo de cooperação nuclear com a Rússia.
O acordo, assinado por Rússia e Estados Unidos na semana passada, permite às duas potências ampliar seus intercâmbios no terreno nuclear. No entanto, ele enfrenta a oposição de alguns legisladores que criticam os vínculos de Moscou com o programa de desenvolvimento atômico do Irã.
O acordo entrará em vigor em 90 dias legislativos, a menos que o Congresso tome medidas para bloqueá-lo.
Para escapar da possibilidade de um veto presidencial, um projeto de rejeição teria de ser aprovado por uma maioria de dois terços.
"O Governo Bush não recebeu suficiente apoio da Rússia no que se refere ao Irã para justificar que aprovemos agora este acordo", disse o congressista Howard Berman, presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes., segundo a agência Efe.
"Ao insistir no acordo, o Governo enfrenta a possibilidade de sofrer uma vergonhosa derrota que causaria um prejuízo desnecessário às relações com a Rússia", assinalou a legisladora republicana Ileana Ros-Lehtinen, cujo apoio a Bush é geralmente incondicional.
Sobre as inquietações dos legisladores em torno da cooperação nuclear da Rússia com o Irã, a Casa Branca disse que o mesmo acordo oferece uma solução a esse problema.
Segundo o Governo, o acordo prevê a instalação internacional de armazenamento de combustível, que funcionará como um banco que forneceria material a países como o Irã e desalentaria suas intenções de desenvolver seu próprio combustível atômico para produzir armas nucleares de maneira encoberta.Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter