Com tragédia terminou uma ação de ambientalistas russos acampados em Angarsk ( Sibéria) para protestar contra a construção de uma empresa internacional de enriquecimento de urânio. Uma quinzena de violentos assaltantes surpreendeu um grupo de ecologistas na madrugada de sábado ( 21) e bateu num deles até à morte.
Oito pacifistas russos ficaram hospitalizados. "Os assaltantes não pertencem a grupos de jovens extremistas. Durante a investigação não foi encontrada propaganda de nenhuma organização radical. Tratamos isto como um acto de pura violência", afirma um responsável pela investigação.
A polícia deteve duas pessoas e identificou 13.
Mas para os ecologistas é pouco. Uma das manifestantes violentamente agredida alega que estavam todos a dormir, excepto o que fazia a vigia. Entre as 4 e as 5 da madrugada um grupo de jovens não identificados atacou o campo, enquanto gritava palavras de ordem. O que a convenceu de que eles são nazis ou skinheads.
Os 15 assaltantes, armados com tacos de basebol, barras de aço, martelos e um machado, tinham a cabeça rapada, a cara pintada, e vestiam camuflados. - Do que podemos concluir, eles eram nazistas ou skinheads - disse ela ao canal de TV Vesti-24, o sangue vazando da bandagem enrolada em sua cabeça.
É a primeira vez que ambientalistas são o alvo de ataques violentos na Rússia, onde as gangues de skinheads já atacaram e mataram pessoas de minorias étnicas e religiosas no passado.
A agência de notícias Itar-Tass disse que o homem morto no sábado era um rapaz de 20 anos da cidade portuária de Nakhodka, no extremo leste do país.
Treze agressores foram identificados e quatro já estão presos, disse o porta-voz do ministério do Interior Valery Gribakin.
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