O contrato coloca frente a frente o mais recente jacto da Boeing, o B-787 "Dreamliner", contra o A-350 da Airbus, com a imprensa russa a especular que a fabricante europeia ofereceu à Aeroflot um desconto de 100 milhões de dólares para fechar o negócio.
Representantes da Airbus consideram o contrato como "único", mas não revelaram se realmente ofereceram um desconto.
O vice-presidente da Boeing para vendas na Rússia, Craig Jones, disse que a companhia conta principalmente com o "alto valor" do seu avião B-787, que é 50% produzido com materiais mais leves e resistentes, para obter vantagem face à Airbus.
"Primeiro, quando falamos de um desconto de 100 milhões de dólares num pedido de mais de 20 aviões não é uma percentagem grande sobre o preço", disse Jones.
"O segundo factor é que eles (Airbus) talvez tenham percebido que a primeira oferta não era boa o suficiente, ou basicamente confirmaram o valor do 787", disse o executivo com um sorriso.
Jones informou que os cálculos da Boeing mostram factores de eficiência de custos, como a economia de combustível do Dreamliner, entre outros, o que significa que a Aeroflot poderá economizar cerca de 3,5 milhões de dólares por ano com cada B-787.
"Esse desconto de 100 milhões de dólares vai deixar de existir em cerca de 15 meses de operações... Você tem que acrescentar valor ao preço também", disse Jones. "Nós somos parceiros da Rússia e temos um produto superior, então com essa combinação creio que temos hipóteses muito boas", acrescentou.
No mês passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou a fusão de todas as fabricantes de aviões do país numa única entidade estatal chamada United Aviation Corporation (UAC), para consolidar o sector em crise.
Cerca de 1200 engenheiros russos participaram do projecto B-787 e grande parte das peças metálicas da aeronave são produzidas na Rússia e entregues nos Estados Unidos, disse Sergei Kravchenko, diretor da Boeing no país.
Segundo Diário Económico
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