"Chegámos a um acordo de princípio para criar uma empresa mista", declarou o vice-presidente do Irão e chefe do programa nuclear do seu país, Gholamreza Aghazadeh, numa conferência de Imprensa na central nuclear de Bushehr, no Golfo Pérsico.
A iniciativa russa, acrescentou Aghazadeh, "é uma parte importante do pacote de propostas para a solução" da crise em torno do controverno programa nuclear iraniano.
Por seu lado, o director da Agência Atómica Russa, Serguei Kirienko, garantiu que "ficam pendentes apenas problemas relativos à organização, o financiamento e o carácter técnico da proposta russa".
O acordo de princípio foi alcançado depois de vários dias de conversações entre Gholamreza e Kirienko, que prosseguirão nos próximos dias em Moscovo.
"O problema nuclear iraniano pode ser resolvido no quadro da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), para o que será necessário adoptar todas as medidas necessárias", disse Kirienko.
Na perspectiva russa, a proposta do Kremlin permite garantir o direito "soberano" do Irão a dispor de um programa nuclear civil e prevenir ao mesmo tempo a proliferação de armas nucleares.
A proposta russa, apoiada pelos EUA e pela União europeia, destina-se a atenuar receios de que o enriquecimento do urânio no Irão possa levar à produção de armas atómicas.
O Irão afirma que o seu programa de energia nuclear tem objectivos pacíficos, mas os países ocidentais suspeitam que está a tentar fabricar uma bomba atómica.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse que as negociações com o Irão prosseguirão, se necessário, até 6 de Março, dia em que o director geral da AIEA, Mohamed el-Baradei, deverá apresentar ao Conselho de Governadores o relatório destinado ao Conselho de Segurança da ONU.
A fonte é Jornal de Notícias.
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