A disposição sobre o fechamento do jornal foi assinada pelo prefeito interino de Volgogrado, Andrei Doronin, disse um porta-voz da prefeitura à agência oficial "Itar-Tass".
Uma secretária da redação do "Gorodskie Vesti" disse que os funcionários não sabiam de "nada" sobre o fechamento do jornal, cuja edição de hoje foi colocada à venda.
A caricatura mostrava Jesus Cristo, Moisés, Buda e Maomé vendo pela televisão dois grupos de pessoas entrando em choque, e uma frase abaixo do desenho dizia: "Nós não ensinamos isso a eles".
O desenho ilustrava um artigo intitulado "No poder não há lugar para fascistas".
As autoridades russas ameaçaram impor sanções, que incluem até a suspensão de licenças, aos meios de informação que publicarem materiais de conteúdo religioso ofensivos aos fiéis.
A Promotoria Geral da Rússia anunciou a abertura de uma investigação para estabelecer se o "Gorodskie Vesti" incorreu em "incitação ao ódio por motivos religiosos", crime previsto no Código Penal da Rússia.
A redação do jornal explicou que nenhum representante das religiões a que a caricatura faz referência qualificou a charge como "ofensa aos sentimentos dos fiéis".
No entanto, os representantes da seção regional do partido governista Rússia Unida pediram à população que boicote o jornal.
O secretário da União de Jornalistas da Rússia, Igor Yakovenko, qualificou na quarta-feira de "excessivo" o zelo mostrado pelas autoridades.
A publicação das caricaturas de Maomé em vários jornais europeus foi criticada duramente pelo presidente russo Vladimir Putin e pelas autoridades muçulmanas e de outras confissões na Rússia.
Segundo "Último Segundo"
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