Um grupo de cientistas pediu às russas que "protejam" seus homens, que se tornaram o "sexo frágil" devido às guerras e aos cataclismos sociais e ecológicos ocorridos durante o século passado na Rússia.
"Os homens são o sexo frágil e são mais sensíveis às mudanças de ambiente", advertiu o sexólogo russo Igor Kon, durante entrevista coletiva.
"Em todo o mundo está aumentando a esterilidade dos homens, sua saúde se degrada. O mundo inteiro toma medidas, salvo a Rússia", lamentou o professor Kon, da Academia de Ciências russa.
"Ao longo do século XX, a Rússia sofreu um déficit de população masculina, em particular depois de duas guerras mundiais", reforçou Anatoli Vichnevski, diretor de um centro de pesquisas sobre demografia.
"Mesmo hoje em dia, a mortalidade dos homens russos supera consideravelmente a das mulheres russas e a dos homens em Europa, Estados Unidos e Japão", acrescentou.
Ao invés de ser causada por doenças, a mortalidade na Rússia está vinculada a acidentes, assassinatos ou suicídios e, de fato, as principais causas de óbito são "o alcoolismo e os problemas sociais", explicou o cientista.
Como se não bastasse, os homens russos enfrentam graves problemas "psicológicos", originados muitas vezes da competição profissional com as mulheres, disse Kon.
É que, ao contrário do homem ocidental, que aceita voluntariamente ou contrariado as tarefas do lar e da educação das crianças quando fracassa no campo profissional, o homem russo em situação similar corre o risco de "cair no alcoolismo ou se tornar um tirano com seus familiares", disse o professor Kon.
A expectativa de vida dos homens russos não supera os 58 anos (ou seja, 16 anos a menos que no ocidente), enquanto que a das mulheres se aproxima dos 72 anos. Segundo "TecnoScientista"
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