O presidente norte-americano, George W. Bush que criou o Eixo do Mal composto por Irã, o hoje ocupado Iraque e a Coréia do Norte, provavelmente irá criar a versão latino-americana composta por Cuba, Venezuela e Bolívia que agora tem um presidente que pode ser considerado chavista-castrista, pois Evo Morales tem posições similares às do presidente venezuelano, Hugo Chaves como, por exemplo, o antineoliberalismo
A intenção de Morales de nacionalizar as reservas de gás e a revisão dos contratos para exploração do mesmo que poderão significar um decréscimo nos ganhos de empresas que exploram o produto como a Petrobrás, a maior exploradora no país e responsável pela maior parte dos royalties pagos ao governo boliviano, poderiam significart um decréscimo de futuros investimentos no país, mas, no caso da Petrobrás, Morales não deve se preocupar, pois mesmo que haja prejuízos, o companheiro Lula não permitirá que haja alguma tal restrição.
A sorte de Morales é que há no Brasil um presidente companheiro que como ele, veio de origem humilde e que até mesmo fez campanha por sua eleição; também foi capaz de perdoar a dívida boliviana. Lula também prega a integração sul-americana, patrocinando projetos como a ponte que liga nada a lugar algum, que é a ponte Brasil-Peru que liga o esquecido estado do Acre ao Peru. Há ainda o projeto faraônico do gasoduto trassul-americano que, para nossa sorte e a de Morales também que perderia a posição de principal fornecedor de gás da América do Sul, o projeto não sairá do papel.
A Bolívia é o país de menor desenvolvimento da América do Sul, certamente porque não possui litoral, pois o comércio com os países desenvolvidos, o que não e o caso de nenhum dos paises que tem fronteira com a Bolívia, é condição primordial para o desenvolvimento econômico e ter um presidente com posições radicais não é algo que seja positivo para o país.
A pretensão boliviana de ingresso no Mercosul, também não trará grandes benefícios para o país, pois a Bolívia será apenas um mercado consumidor de produtos brasileiros e argentinos de maiore valor agregado enquanto os bolivianos exportarão em sua maioria, comodities. Tudo isso, sem barreiras alfandegárias. O Brasil no Mercosul, seria, guardas as devidas proporções, o que seriam os Estados Unidos na Alça.
Quando Morales esquecer o radicalismo e o isolacionismo, poderá, por exemplo, retomar as negociações com o Peru a respeito da utilização de seus portos que são preferíveis ao porto chileno do qual anteriormente os bolivianos dispunham. Infelizmente, para os bolivianos, torna-se inviável a utilização de poros brasileiros em face da grande distância, pois Lula faria muito gosto em poder ajudar a um companheiro.
Jose Schettini, Petropolis, BRASIL
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