O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Kiev não poderia representar os residentes de Donbass após o golpe de 2014.
"Obviamente, o regime nazista de Kiev não pode, de forma alguma, ser considerado um regime para representar os residentes dos territórios que se recusaram a aceitar os resultados do golpe sangrento em fevereiro de 2014 e contra os quais os golpistas desencadearam uma guerra por isso", disse o ministro.
Lavrov fez uma comparação entre os residentes de Donbass e os sérvios de Kosovo, que as atuais autoridades de Kosovo não podem representar. De acordo com Lavrov, a União Europeia prometeu autonomia aos sérvios da mesma forma que Berlim e Paris prometeram um status especial ao Donbass.
A minoria ocidental deve respeitar os outros membros da comunidade mundial, disse Sergei Lavrov, falando em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
"Quero me dirigir a todos os jornalistas que estão agora cobrindo a reunião. Seus colegas da mídia russa não tiveram permissão para vir aqui, pois a Embaixada dos EUA em Moscou anunciou, de forma zombeteira, que estava pronta para emitir passaportes com vistos para eles no momento em que nosso avião decolou", disse Lavrov.
A Embaixada dos EUA em Moscou anunciou que os vistos para os jornalistas russos estavam prontos após a decolagem do avião da delegação russa.
Ninguém autorizou o Ocidente a falar em nome de toda a humanidade, disse Lavrov.
Lavrov também disse que as atividades da OSCE e da ONU eram uma ameaça às ambições globais dos EUA.
"Como disse o então secretário de Estado dos EUA, Jim Baker, ao [presidente] George W. Bush: "A principal ameaça à OTAN é a OSCE", disse Lavrov.
O Ministro das Relações Exteriores da Rússia chegou a Nova York na segunda-feira, 24 de abril. Nos próximos dois dias, ele presidirá as reuniões do Conselho de Segurança da ONU. A maior parte da delegação russa recebeu vistos dos EUA para participar dos eventos, enquanto alguns membros tiveram suas autorizações negadas.
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