A empresa estatal de energia indiana Oil and Natural Gas Corp (ONGC) está procurando um navio para transportar 700.000 barris de petróleo do Extremo Oriente, a Reuters relata citando suas fontes. A empresa indiana começou a ter problemas com o transporte de matérias-primas no contexto das sanções que foram impostas à Rússia em resposta à operação militar na Ucrânia.
A ONGC possui uma participação de 20% no projeto Sakhalin-1, de onde a empresa indiana exporta a marca russa de petróleo Sokol. O petróleo é normalmente enviado do terminal De-Kastri nos navios da classe de gelo Sovcomflot para a Coréia do Sul, onde é carregado em petroleiros antes que a ONGC possa vender petróleo a compradores no norte da Ásia.
As sanções tornaram mais difícil para os navios russos, incluindo os de propriedade da Sovcomflot, obter cobertura de seguro de navegação, disse a Reuters. Além disso, as companhias de navegação estão menos dispostas a transportar petróleo russo para a Ásia devido aos receios de possíveis riscos de reputação, acrescentou a agência.
Em março, a ONGC não conseguiu encontrar compradores para seu petróleo e o vendeu às empresas estatais indianas Hindustan Petroleum Corp e Bharat Petroleum Corp (BPCL). A BPCL deveria ter iniciado os embarques em abril, mas a ONGC não conseguiu encontrar um navio para transportar petróleo para o porto sul-coreano de Yeosu devido a problemas com o seguro do navio.
A quantidade de petróleo bruto que a Índia comprou da Rússia desde o início da operação militar russa dobrou a quantidade comprada durante todo o ano de 2021.
Em março, a Sovcomflot caiu sob sanções da UE; todas as transações com a companhia de navegação russa foram proibidas. No mesmo mês, foi relatado que a Rússia havia quadruplicado o fornecimento de petróleo à Índia. Em abril, a maior empresa petrolífera da Índia, a Indian Oil Corporation, recusou-se a fornecer matérias-primas russas, disse a Reuters. A UE exortou a Índia e os países asiáticos a apoiarem sanções de longo prazo contra a Rússia.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter