Deputado José Mentor: A verdade não é cara!
Só uma pessoa mal informada ou desinformada - para não falar das maledicentes - acaba por falar ou escrever coisas erradas para muitas outras!
O PCdoB e o PDT estão acompanhando, passo a passo, cara a cara, em conjunto, todas as tratativas do PT sobre a mesa. Já foram - e estão sendo - inúmeras reuniões.
por José Mentor*
Aliás, era bom João Vicente indagar - se informar - quem, nesses partidos, apoia a 'candidatura natural' do, reconhecidamente valoroso - é verdade! - André Figueiredo (PDT). Candidatura de 'oposição legítima', nascida surpreendentemente, subitamente, sem nenhuma consulta às 'oposições', sempre, reunidas.
Quem representa o Poder Legislativo?
No Poder Executivo, o Presidente da República, por exemplo, representa sozinho o Poder Executivo. Ele é eleito, por maioria, nos primeiro ou segundo turnos, sozinho!!!
O Poder Legislativo, no Brasil, é formado proporcionalmente aos votos que cada partido obtém na sociedade. Portanto, a Mesa Diretora, que representa o Poder Legislativo, se dá pela composição proporcional de 100% das bancadas dos deputados. Claro que pelo número de partidos e de vagas na mesa, nem sempre 100% das bancadas é atingido (por isso a lei diz, 'na medida do possível').
Na Câmara dos Deputados a Mesa tem 11 cargos ( 1 - presidente, 2 - vices, 4 - secretários e 4 - suplentes) e 25 partidos com bancadas de deputados. Nem todos os partidos, portanto, poderão estar na Mesa Diretora. Assim, por ordem de tamanho, cada bancada, da maior para a menor, escolhe a vaga a que tem direito na Mesa, até completar o número de cadeiras existentes. E é essa composição que representa a Câmara dos Deputados: 11 deputados das maiores bancadas. Claro, o presidente tem a representação institucional.
O PT é a segunda maior bancada da Câmara, portanto, no critério da proporcionalidade, que é constitucional, tem o DIREITO de estar representado na Mesa e fazer a segunda escolha. O PT tem defendido, perante todos os partidos e, após a apresentação dos candidatos, também junto a eles, o CRITÉRIO DA PROPORCIONALIDADE, como o adequado para representar constitucional e legitimamente a Câmara dos Deputados perante a sociedade.
Não estamos 'atrás de cargos', fazendo 'acordão', nem 'pululando no ar de gabinete' nenhum.
Estamos buscando nossas melhores posições no Parlamento - sabendo que só as de lá não bastam -, queremos as que temos direito em função do voto popular, com a força que o voto nos deu, para lutar com todas as armas que lá existem, 'por um país mais justo'. Nos mandatos, nos projetos, nas emendas, na tribuna, no Plenário, nas Comissões Temáticas, nas CPIs, na Mesa também. Onde for preciso, para defender com todas as nossas forças os direitos de 'nossas bases', obstruir a tentativa de 'esfacelamento' das conquistas de nosso povo, para não deixar desmontar o legado de nossos governos, para ajudar a 'união das forças populares, necessárias' à defesa do nosso projeto. Nenhum direito a menos! Em defesa da democracia!
Ou a proposta conclusiva do artigo é para desistir da Mesa, das CPIs, das Comissões Temáticas, da atuação do Plenário, da tribuna, das emendas, dos projetos, dos mandatos...?
E agora, com que cara fica você...?
*José Mentor é deputado federal pelo PT-SP
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter