Situada nos bairros da Boa Vista e de Santo Amaro, no Recife, a Rua da Aurora nasceu no começo do século XIX, com o aterro de uma área de pântano localizada na margem esquerda do rio Capibaribe, pertencente ao comerciante Casimiro Antônio Medeiros.
Clóvis Campêlo
Situada nos bairros da Boa Vista e de Santo Amaro, no Recife, a Rua da Aurora nasceu no começo do século XIX, com o aterro de uma área de pântano localizada na margem esquerda do rio Capibaribe, pertencente ao comerciante Casimiro Antônio Medeiros.
Considerada uma das ruas mais características da cidade, por estar voltada para o rio e ainda conservar casarões autênticos do século XIX, tem esse nome por receber o sol em cheio nas primeiras horas da manhã.
Dez anos após a assinatura da Lei do Ventre Livre, promulgada pelo visconde de Rio Branco em 28 de setembro de 1871, dando liberdade aos filhos dos escravos nascidos a partir daquela data, deram-lhe o nome de Rua Visconde de Rio Branco, mas a mudança não vingou.
Graciosa por natureza, a Rua da Aurora foi endereço do conde da Boa Vista, governador de Pernambuco, e outras famílias nobres.
O conjunto urbano foi projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, em 1855, mas os primeiros sobrados foram construídos em 1841, situados entre as ruas do Riachuelo e Princesa Isabel.
A primeira construção foi a casa de nº 405, que serviu de moradia para o Conde da Boa Vista. Levantamento histórico feito pela Fundarpe indica que o palacete foi construído pelo corpo do comércio e oferecido ao Conde.
O prédio tem estilo diferente dos demais, com colunas dóricas encaixadas, suntuosa sacada no primeiro andar e o brasão colorido de Pernambuco no frontal clássico.
Recife, 2008
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