A decisão do governo colombiano em insistir na acusação de que a Venezuela abrigava guerrilheiros colombianos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) fez com que o governo venezuelano reagisse e cortasse os laços diplomáticos entre os dois países nesta quinta-feira (22).
"A Venezuela rompe deste este momento topo o tipo de relação com a Colômbia", disse o presidente venezuelano Hugo Chávez, durante recepção dada ao técnico e ex-jogador argentino de futebol Diego Armando Maradona. A decisão foi tomada após o embaixador colombiano, Luis Alfonso Hoyos, ter apresentado uma queixa formal na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a Venezuela.
As supostas "provas" apresentadas pelos colombianos na atual reunião da OEA em Washington sequer foram corroboradas por seus aliados tradicionais, de tão fracas e infundadas que são.
"Vejo-me obrigado a romper as relações com a Colômbia, por dignidade. É o mínimo que podemos fazer e estaremos em alerta porque Uribe é um doente, está cheio de ódio. Não aceitaremos violações à nossa soberania", afirmou Chávez em transmissão da rede Telesur, em referência ao presidente colombiano, Álvaro Uribe que, segundo ele, administra um governo mafioso e é mentiroso.
A Colômbia, em submissão à diplomacia cada vez mais agressiva dos Estados Unidos na região, desestabiliza a América Latina ao aceitar a instalação de sete bases militares americanas no país, além de ter feito incursões militares completamente ilegais em territórios vizinhos, como a que resultou no assassinato do comandante Raul Reyes, no Equador, em 2008.
O presidente colombiano Uribe procura mostrar na política interna que permanece na "linha dura", desautorizando uma possível conciliação entre o presidente eleito e mantendo hegemonia sobre os setores sociais e militares que agregou durante sua administração.
No campo da política externa, Uribe demonstra que permanece em total submissão ao imperialismo americano, que combate os governos progressistas da América Latina. A atitude recente só favorece os interesses do imperialismo americano, fabricando pretextos para os americanos agirem de forma mais significativa na América Latina contra a Alba, o Mercosul e a Unasur, por exemplo.
Fontes do governo venezuelano dizem que o movimento colombiano na OEA também tem relação com os ataques do presidenciável José Serra ao PT, tentando ligar o partido do presidente Lula e da presidenciável Dilma Rousseff às Farc.
Da redação, com informações da Lusa e do Opera Mundi
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