O líder religioso do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou nesta sexta-feira que a política dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque não lhes dá direito moral para falar de violação dos direitos humanos no Irã, informou a mídia do país.
Khamenei repudia críticas dos EUA sobre direitos humanos
O líder religioso do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou nesta sexta-feira que a política dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque não lhes dá direito moral para falar de violação dos direitos humanos no Irã, informou a mídia do país.
''As observações da administração americana sobre a restrição de direitos humanos no Irã está fora de cogitação. Depois do que os EUA cometeram no Afeganistão, Iraque e em outras partes do mundo, fica óbvio que os dirigentes americanos não têm ideia do que são direitos humanos'', disse o aiatolá, ao pronunciar um discurso perante milhares de iranianos, reunidos próximo ao campus da Universidade de Teerã.
Foi o primeiro discurso que Khamenei pronunciou após as eleições presidenciais de 12 de julho e após as manifestações em massa de protesto que ocorreram em seguida. As eleições foram vencidas pelo presidente iraniano em exercício, Mahmud Ahmadineyad, que obteve 62,63% dos votos, e seu rival eleitoral, o ex-primeiro ministro Mir Hosein Mussavi, acumulou 33,75% dos votos.
Moussavi anunciou sua vitória antes de serem revelados os resultados oficiais da eleição e, mais tarde, acusou as autoridades de ''fraude''.
Anunciados os resultados da eleição, milhares de partidários de Mussavi tomaram as ruas de Teerã, saqueando e incendiando lojas. Segundo meios de comunicação locais, nos choques perderam a vida oito pessoas. Vários países expressaram ''séria preocupação'' pela situação no Irã após as eleições.
Texto: Ria Novosti
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