Pervez Musharraf, 64, que tomou o poder em 1999 após um golpe militar, deixou a chefia do Exército paquistanês nesta quarta-feira (28), e deverá ser nomeado amanhã presidente civil do país.
Musharraf passou o comando das Forças Armadas para o general Ashfaq Kayani, 55, em cerimônia realizada em uma sede militar em Rawalpindi, perto da capital Islamabad.
Na cerimônia, Musharraf expressou sua tristeza por abandonar seu cargo. Mas acrescentou a sua satisfação por ver que as Forças Armadas estão "em seu melhor momento".
"Mas o sistema continua, pessoas vêm e vão, tudo o que é bom acaba, tudo é mortal", disse ele, que foi aplaudido pelos presentes durante o ato oficial para deixar o cargo militar.
O novo comandante-em-chefe é um dos homens mais leais a Musharraf. Nomeado subchefe do Exército no mês passado, até setembro ele era o diretor dos serviços secretos ISI.
Os partidos de oposição dos ex-premiês Benazir Bhutto e Nawaz Sharif elogiaram a renúncia de Musharraf. Ambos consideram a possibilidade de concorrer às eleições de 8 de janeiro.
Bhutto, em declarações divulgadas hoje, disse acreditar que ele "será um bom líder" militar.
"Nós esperamos que o Exército volte à sua tarefa original e não interfira na política", disse Nadir Chaudhry, porta-voz de Sharif, que foi expulso do país por Musharraf em 1999.
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