A greve nos sectores da energia e transportes contra a reforma dos regimes especiais de aposentadoria começou esta quarta-feira (14) à noite na França.
Nos caminhos-de-ferro, apenas uma média de 20 e 25 por cento dos comboios circulava hoje de manhã. No metropolitano, de Paris, o trânsito está igualmente muito afectado com uma em cada cinco carruagens a circularem, 15 por cento de autocarros e muito poucas ligações entre Paris e os subúrbios. Gigantescos engarrafamentos formaram-se nos arredores das grandes cidades, 300 quilómetros de filas de automóveis acumuladas, dos quais dois terços na região de Paris, foram assinaladas às 07:30 locais .
As grevistas protestam contra o aumento do tempo de descontos para a segurança social de 37 anos e meio para 40 anos sem respeitar a especificidade e a dureza das profissões, elementos tidos em conta pelo ministro da Saúde em 2003, na altura Xavier Bertrand. Cerca de 500.000 pessoas se beneficiam deste sistema de aposentadorias especiais. Mas de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira pelo jornal de esquerda Libération, 59% dos franceses apóiam a reforma proposta por Sarkozy.
Entretanto, segundo o mesmo estudo, a ação do presidente da França no âmbito da recuperação do poder aquisitivo - o tema que mais preocupa os franceses - foi reprovada por 79% da população.
«Vou levar essas reformas até o fim. Nada vai me desviar do meu objectivo», disse presidente Nicolas Sarkozy ao Parlamento Europeu, durante uma visita a Estrasburgo. O presidente também lembrou que foi eleito com base no programa de reformas.
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