Cristina Fernández de Kirchner,a primeira-dama argentina, apresentou ontem (14) a chapa governista com a qual disputará as eleições presidenciais de 28 de outubro.
A senadora peronista escolheu o estádio Luna Park, mítico cenário de lutas de boxe em Buenos Aires, para, pela primeira vez, se apresentar como candidata ao lado do escolhido para ser seu vice, o radical Julio Cobos. "Presidenta, podem se acostumar", disse a candidata de 54 anos para os aplausos de milhares de pessoas, entre elas o presidente Néstor Kirchner, membros do gabinete e governadores de diferentes partidos.
Como era previsto, durante os cerca de 20 minutos de seu discurso, Cristina não fez referência aos escândalos que respingaram no Governo nos últimos meses .
Um dos mais comentados, envolvendo a empreiteira sueca Skanska, que teria pago propina para ganhar o direito de construir um gasoduto, provocou a demissão de dois funcionários.
A ministra da Defesa, Nilda Garré, e a secretária de Meio Ambiente, Romina Picolotti, também estão sendo investigadas pela Justiça, por irregularidades na venda de armas aos Estados Unidos e por "desvio de verba", respectivamente.
O escândalo mais recente dá conta da tentativa do empresário venezuelano Guido Antonini Wilson de entrar na Argentina com US$ 800.000 não declarados, às vésperas da visita a Buenos Aires do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Venezuelano viajou de Caracas a Buenos Aires em um avião privado, contratado pela estatal Argentina Enarsa, em companhia de três membros da PDVSA e três funcionários do governo de Buenos Aires.
Em julho, Felisa Miceli já havia renunciado como ministra da Economia depois do aparecimento de uma bolsa cheia de dinheiro em seu escritório.
Apesar das circunstâncias, nas pesquisas, Cristina tem 45% das intenções de voto, contra 20% do ex-ministro da Economia Roberto Lavagna e de Elisa Carrió, candidata da centro-esquerda.
Com agências
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