O ministro das Finanças do Reino Unido, Gordon Brown, foi proclamado ontem (24) o novo líder do Partido Trabalhista em substituição ao primeiro-ministro, Tony Blair.
Em um congresso extraordinário realizado em Manchester, reduto trabalhista no norte da Inglaterra, Brown recebeu o cargo do próprio Blair, que, após monopolizar durante anos a liderança da legenda, se limitou hoje a elogiar o ministro das Finanças.
Após elógios brown, aplaudido intensamente, subiu ao palco e aceitou, "com humildade, orgulho e um grande sentido do dever, o privilégio e a grande responsabilidade de liderar o partido e mudar o país".
Antes de detalhar suas intenções políticas, o novo líder elogiou Blair, cujos dez anos no poder deixam um Reino Unido "mais forte, mais próspero e mais tolerante".
Brown foi escolhido para o cargo sem oposição de outros candidatos, já que a ala esquerda do partido não conseguiu os apoios necessários para lançar um aspirante.
Menos fotogênico e carismático do que Blair, Brown se definiu diante de seus correligionários como um "político de convicções" disposto a comandar um Governo de "mudança", palavra que repetiu várias vezes.
"Devemos nos renovar como partido de mudança", resumiu Brown. Brown também comentou a Guerra do Iraque, responsável pela queda de popularidade de Blair. O ministro afirmou que o assunto "tem dividido" o Reino Unido e o trabalhismo e prometeu aprender as "lições" extraídas dos erros cometidos naquele país.
No entanto, o novo chefe trabalhista frisou que o Reino Unido irá cumprir suas "obrigações internacionais" não só no Iraque, mas também no Afeganistão.
Na próxima quarta-feira, Blair apresentará sua renúncia como primeiro-ministro à rainha Elizabeth II e será substituído oficialmente pelo ministro.
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