Itália debate sobre filme "Crimes Sexuais e o Vaticano"

Itália debate sobre a possibilidade da televisão estatal RAI transmitir um documentário da emissora britânica BBC sobre abusos sexuais de sacerdotes católicos contra crianças e adolescentes.
O documentário, intitulado "Crimes Sexuais e o Vaticano" e transmitido em outubro do ano passado pela televisão britânica, não foi levado ao ar por nenhuma emissora italiana. As imagens, no entanto, estão disponíveis por uma busca no site GoogleVídeo ( www.video.google.com ).

O programa da BBC afirma que o papa Bento XVI pode ter encoberto sacerdotes pedófilos quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de assumir o papado em 2005.
O presidente da Comissão de Vigilância sobre a Televisão, o político de oposição Mario Landolfi, pediu ao diretor da RAÍ Cláudio Cappon que não autorizasse a transmissão do documentário. O jornal Avvenire, órgão da Conferência Episcopal Italiana, também se pronunciou contra o programa.
O ministro das Comunicações Paolo Gentiloni afirmou que a transmissão do documentário " é um problema que toca à RAI e de modo algum ao governo".

Antonio Satta, vice-secretário da Comissão de Vigilância e membro do partido UDEUR (da maioria), pediu que a RAI não adquirisse o documentário porque o material é "lixo".
Giovanni Russo Spena e Gennaro Migliore, membros da Comissão de Vigilância e parlamentares pelo Partido da Refundação Comunista (também de maioria no governo), consideraram inaceitável o pedido de Landolfi a Cappon para que não adquirisse o documentário. "Trata-se", disseram os comunistas, "de um convite à censura preventiva."

 O documentário da BBC examina o que descreve como documentos secretos do Vaticano estabelecendo procedimentos para lidar com abusos generalizados de um padre contra a instituição da confissão a fim de silenciar sua vítima.

O documento original, de 1962, foi atualizado em 2001 para lidar mais especificamente com a pedofilia, já que em todo mundo a Igreja enfrenta escândalos sexuais.

Bispos britânicos criticaram a BBC em 2006, afirmando que ela deveria se "envergonhar do padrão do jornalismo usado para criar este ataque gratuito ao papa Bento XVI".

 Fonte Ansa

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