O primeiro-ministro britânico Tony Blair afirmou nesta quinta-feira que as divergências existentes sobre uma resolução nas Nações Unidas para um "cessar fogo imediato" no Líbano são pequenas, por isso espera que a questão se resolva em poucos dias.
"As diferenças agora são pequenas", afirmou Blair em sua coletiva de imprensa mensal, depois de voltar, na quarta-feira, de uma viagem de cinco dias aos Estados Unidos, sob uma chuva de críticas por seu apoio a Israel e sua recusa de pedir um cessar-fogo imediato.
"A crise no Oriente Médio é terrível, mas estou trabalhando para que termine", afirmou Blair, que nas últimas 24 horas conversou por telefone com o presidente George W. Bush e com o primeiro-ministro libanês Fuad Siniora.
Blair disse ainda que a resolução da ONU vai criar condições para a mobilização de uma força internacional para dar apoio ao governo do Líbano em seus esforços para estabelecer o controle na região fronteiriça com Israel.
"O momento é crítico", enfatizou Blair, que está sob pressão pela crescente oposição em seu gabinete e dentro do próprio Partido Trabalhista por sua política de alinhamento com Washington na crise do Oriente Médio.
Sobre as declarações do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, que afirmou nesta quinta-feira que "o verdadeiro remédio para o conflito no Líbano é a eliminação do regime sionista", Blair disse que são "totalmente inúteis".
"Os comentários do presidente iraniano de que a solução para o conflito é a eliminação de Israel são totalmente inúteis. O Irã e a Síria devem facilitar a resolução do conflito e não dificultá-la", acrescentou.
Blair destacou que algumas armas de origem iraniana usadas pelas milícias do Hezbollah no Líbano eram idênticas às utilizadas contra as tropas britânicas em Basra.
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