A Coreia do Norte terminou o processo de abastecimento de combustível de um míssil de longo alcance, sinal de que está iminente o lançamento do engenho, anuncia esta segunda-feira o New York Times na sua edição electrónica. O jornal cita responsáveis norte-americanos não identificados como tendo a firmado que as imagens de satélite mostram que Pyongyang concluiu já o carregamento de combustível do míssil balístico Taepodong-2, com um alcance de 3.500 a 6.000 quilómetros, capaz de atingir os Estados Unidos. «A alimentação de um míssil com combustível é geralmente considerada como uma etapa irreversível» antes do lançamento, refere o diário.
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, tinha pedido a Pequim no fim-de-semana que pressionasse Pyongyang a não lançar o míssil balístico intercontinental. Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul já avisaram a Coreia do Norte para as consequências do lançamento do míssil, numa altura em que as autoridades norte-coreanas aceleram o seu programa nuclear. O Japão apelou à Coreia do Norte para pôr termo imediato aos preparativos para lançamento de um míssil balístico intercontinental, ameaçando com «medidas duras» se ele ocorrer.
Em Camberra, o governo australiano avisou Pyongyang que o eventual disparo do míssil teria «consequências graves» para a Coreia do Norte, considerando que tal acto ameaça a paz na zona. O porta-voz do governo nipónico, Shinzo Abe, disse que tanto Tóquio como Washington avisaram a Coreia do Norte de que não deveria avançar com a intenção de efectuar o teste com o míssil balístico, mas até agora não houve resposta das autoridades de Pyongyang. «O Japão e os Estados Unidos partilham a ideia de que o míssil da Coreia do Norte, se for lançado, seria uma ameaça à segurança na região», disse Shinzo Abe.
O governo australiano chamou o embaixador norte-coreano em Camberra para lhe transmitir que o lançamento do míssil será considerado um gesto «altamente provocatório que teria como efeito isolar ainda mais» o regime, de acordo com uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros. «Um ensaio seria uma nova violação dos compromissos da Coreia do Norte» , acrescenta a nota, apelando a Pyongyang para que retome as conversações multilaterais sobre o seu programa nuclear, que se encontram num impasse.
Segundo "Visão Online"
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