O Exército do Sri Lanka lançou imediatamente ataques aéreos contra supostas posições rebeldes. Com as negociações de paz praticamente abandonadas e líderes de ambas as partes acusando-se mutuamente pela situação, o ataque de hoje deixou essa nação insular do Oceano Índico mais próxima de um conflito generalizado. Além dos 64 mortos, 78 pessoas ficaram feridas. A maior parte das vítimas era de origem cingalesa, grupo étnico majoritário no Sri Lanka.
Parte dos passageiros do ônibus viajava para os funerais de um policial morto na segunda-feira em outra ação atribuída aos rebeldes. Pelo menos 15 crianças morreram no atentado. Elas trajavam uniformes azuis manchados de sangue. Familiares das vítimas faziam filas nos hospitais próximos para identificar seus entes queridos. Os rebeldes negam participação no ataque. O governo cingalês, por sua vez, acusa os insurgentes tâmeis pela carnificina. Autoridades locais dizem desconhecer o motivo do ataque.
O LTTE, um grupo bem organizado e bem armado que luta há duas décadas pela criação de uma pátria para a minoria tâmil do Sri Lanka, sugeriu que a explosão foi perpetrada por forças obscuras interessadas em complicar ainda mais a situação no país. De acordo com líderes rebeldes, aviões cingaleses promoveram cinco bombardeios contra os arredores de Kilinochchi, uma cidade controlada pelo LTTE. "Houve vítimas, mas não dispomos de números. As pessoas estão tensas e confusas. Algumas famílias estão fugindo, disse o líder rebelde Seevaratnam Puleedevan à Associated Press.
Segundo A Tarde
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