Nas recomendações o comité exigiu ao presidente norte-americano a erradicação de «técnicas de interrogatório» que possam ser consideradas como tortura ou crueldade para detidos acusados de terroristas.
O relatório do Comité citou práticas como a do "submarino" (colocar a cabeça do detido na água quase até a asfixia), a de colocar grilhões muito apertados e a de usar cachorros para aterrorizar os reclusos ou a humilhação sexual.
O comité pretende ainda que os EUA melhorem as condições das mulheres e crianças sob a sua custódia e o registo de «todas as pessoas detidas em qualquer território sob a sua jurisdição, como medida para evitar actos de tortura».
O documento exige ainda o fim das prisões secretas para suspeitos de terrorismo. Segundo a comissão, os EUA devem "reconhecer que deter pessoas em instalações secretas constitui, em si, um ato de tortura e um castigo cruel, desumano e degradante.
Em relação ao centro de detenção de Guantánamo, em Cuba - inaugurado após os atentados de 2001, para abrigar suspeitos de terrorismo -, a comissão afirma que o local deve fechar suas portas.
O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, assinalou que os EUA estão "um pouco decepcionados porque crêem que a Comissão não levou em consideração toda a informação que proporcionamos sobra mudanças de política, normas e procedimentos".
McCormack disse em uma coletiva de imprensa que o governo americano deseja fechar a prisão de Guantánamo "no futuro", mas deixou claro que o problema é o que fazer com os presos. O porta-voz indicou que alguns dos críticos а existéncia da prisão não querem que os presos sejam transferidos para os Estados Unidos.
Os EUA também rechaçaram as críticas do Comité da ONU sobre as técnicas usadas nos interrogatórios. O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, argumentou que todos os interrogatórios estão completamente dentro da lei americana.
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