O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, fez a sua mensagem do Ano Novo Islâmico na segunda-feira dia 20 de Março, em que reiterou o objectivo do seu país produzir energia nuclear para fins pacíficos.
Descrevendo seu orgulho que o conhecimento e tecnologia pacífico estão ao nosso dispor para serem utilizados para fins diferentes, o Presidente iraniano referiu que seu país se manteve firme para ganhar seus direitos e continuará nesta senda até que sejam totalmente restaurados.
No que diz respeito às sanções impostas sobre o Irão nos últimos 30 meses, Mahmoud Ahmadinejad disse que espera que sejam pagas compensações e espera receber pedidos de desculpas, antes de realçar que A nobre nação iraniana nunca fez qualquer injustiça contra ninguém nem iria ser subjugada pela tirania.
Exprimindo sua visão daquilo que queria que o Irão se tornasse, disse que Somos uma grande família que deveria construir nossa querida e grande pátria e de acordo com sua longa história, torná-la na terra de ciência, cultura, justiça, liberdade, monoteísmo e o modelo de vida pura e desenvolvida.
AIEA reconhece direito a programa nuclear
Embora que hajam aqueles na comunidade internacional que procurem problemas e embora as guerras vendam jornais, a realidade é que Moscovo, Teerão e outros jogadores internacionais incluindo até Washington têm procurado uma resolução política à crise.
No início deste mês, o Director Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Mohammed el-Baradei, disse Há algumas opções e uma solução. A única solução é uma resolução compreensiva e política das questões políticas, económicas e de segurança que subjazem o programa nuclear do Irão. Precisamos duma resolução que por um lado garante o direito ao Irão do uso de energia nuclear para fins pacíficos. Ninguém questiona esse direito ao Irão, devo dizer, mas ao mesmo tempo, que garanta à comunidade internacional que esse programa seja unicamente para fins pacíficos.
De facto, a missão da AIEA, nas suas próprias palavras, é promover as tecnologias nucleares pacíficas e seguras. Por isso, por quê é que temos essa paranóia acerca do Irão quando o mundo deixou o Israel desenvolver e construir cem mísseis nucleares?
O Irão tem tropas nos territórios dos seus vizinhos? O Irão constrói colónias nessas terras? Os soldados iranianos atiram contra os olhos de crianças com balas de borracha? O Irão destrói casas de civis com bulldozers quando as mulheres e crianças ainda estão lá dentro?
Quando a comunidade internacional começar a agir com um peso e uma medida, seremos então capazes de dizer que o mundo funciona baseado numa única noção de justiça que é igual para todos.
Até então, o Irão será criticado por desenvolver um programa nuclear pacífico, será acusado de mentir cada vez que reitera que é mesmo para fins pacíficos e Israel e os Estados Unidos da América terão carta branca para perpetrarem seus actos de terrorismo de estado em nome de só eles sabem o quê.
Justiça, não é.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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