"OTAN" (North Atlantic Treaty Organization)
Açores e a sua importância na "estrutura"
Açores "Moeda" de troca .... Hoje como ontem
A Águia Americana, a "Bald Eagle" símbolo escolhido para representação da então recém-criada nação em Junho de 1782, pela sua longa longevidade, força e aspecto majestoso, qualidades adicionadas à ideia de então que só existia na América e, da liberdade do vôo da mesma, perto do seu 242º aniversário como país soberano, afia as garras e pia grosso, na pessoa do presidente, dos americanos Mr. Trump para chamar a atenção aos países devedores da organização mundial denominada de OTAN/NATO, dizendo que os americanos estão fartos de pagar pelos parceiros da Organização
Há pouco mais de um mês na cimeira do G7, em Charlevoix, - Canadá referiu Mr. Trump que os EUA continuam a ser uma espécie de "porquinho mealheiro que todos roubam"
Aliás não podemos estranhar a posição de Donald Trump, quando já, durante a campanha eleitoral, proferiu várias declarações polémicas sobre a NATO, questionando da sua utilidade actual, pois já não serve o propósito para o qual foi criada, anunciou a intenção de reduzir o apoio aos países aliados e, disse que, não iria cumprir a garantia de protecção automática a qualquer membro da Aliança, e só ajudaria os aliados que cumprissem as suas obrigações.
Contradições sobre Aliança Atlântica surgiram desde o início da sua existência e parece que perduram hoje. No caso português, o grande trunfo operacional chamado base aérea das Lajes, nos Açores, um imenso porta-aviões no meio do atlântico Norte, a meio caminho entre os E.U.A. e a Europa, foi o suficiente para superar qualquer dúvida que pudesse existir sobre o regime salazarista relativamente ao seu compromisso com a liberdade e a democracia. Salazar estaria renitente na decisão a tomar pois que, tal adesão quebrava a tradição de isolacionismo e de neutralidade do regime. A pressão norte-americana para uma tomada de posição ideológica marcadamente anti-comunista, veio precipitar a decisão.
Atente-se à História, em meados de 1917 foi criada pêlos Estados Unidos, a Base Naval de Ponta Delgada (Naval Base 13 - Mid-Atlantic Naval Base Ponta Delgada) no contexto do esforço da Grande Guerra, como ponto de reabastecimento de combustível e víveres e como local de reparação de emergência para os navios americanos que cruzavam o Atlântico. Com o crescer da guerra submarina, a base também assumiu um importante papel de protecção aos navios que navegavam na zona.
Aquando da sua instalação, a Base foi visitada pelo então Sub-Secretário da Marinha dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, depois Presidente dos Estados Unidos que a altura chegou a sugerir os Açores como lugar residente da Sede da Organização das Nações Unidas.
Para além de uma companhia de (Marines) fuzileiros navais com cerca de 200 homens entre oficiais e praças, a Base Naval de Ponta Delgada alojou um destacamento de submarinos americanos e uma esquadrilha de hidroaviões, os primeiros a ser enviados para fora dos Estados Unidos para participar na Grande Guerra.
Essa Base, foi alvo de bombardeamento por um submarino alemão. O ataque foi repelido pelo fogo do navio auxiliar americano U.S.S. "Orion" que se encontrava surto no porto para reparações.
Do ataque resultou a morte de uma jovem na Fajã de Cima e danos ligeiros em algumas habitações.
Fizeram ainda parte do efectivo militar dos EUA nessa Base quatro submarinos e uma esquadrilha de hidroaviões tendo sido a primeira unidade completa de aviação a prestar serviço fora dos Estados Unidos no contexto da Grande Guerra.
Açores "Moeda" de troca .... Hoje como ontem
Assistimos a autêntico "fait divers" entre Marcelo Rebelo de Sousa e Mr. Donald Trump do qual nada transpareceu sobre o problema. Falaram e comentaram, futebol, se Ronaldo seria ou não candidato a presidente e outras futilidades, do compromisso para o reforço do eixo transatlântico, "nicles".
Na questão das contribuições de Portugal para a NATO assunto abordado na reunião de trabalho entre os dois presidentes, teria sido o mesmo, previamente trabalhado nos encontros que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, manteve antes da cimeira entre os dois chefes de Estado.
Prossupomos que Portugal propôs uma solução para as suas contribuições para a NATO, irão ser discutidas na Cimeira de Bruxelas, na próxima semana. Da declaração conjunta de imprensa publicada pela Presidência da República após a visita tiramos a seguinte ilação: "que foram discutidas as prioridades de expansão e parceria de segurança com o esforços conjunto para o fortalecimento da NATO. E, como não podia deixar de ser, o plano credível que Portugal apresenta para atingir as metas de despesa com defesa da Aliança, refere a discussão da "localização estratégica do Arquipélago dos Açores para a segurança do Atlântico".
Já se movem e anunciam, o ministro da defesa e o dos negócios estrangeiros a utilização do que não lhes pertence: o "porquinho mealheiro açoriano"
Vamos ficar atentos porque:
As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras.
Lao-Tsé
José Ventura
Por opção o autor escreve pela antiga grafia.
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