Da zavtra, Rossiya!
Viena: Espanha 3 Rússia 0 A primeira parte pertenceu à Espanha, mas acabou sem golos. A segunda pertenceu à Espanha, que fustigou a baliza de Akinfeev três vezes sem resposta. No entanto, a jovem equipa da Rússia sai deste campeonato com a cabeça erguida, tendo feito muitos amigos ao mostrar um belo futebol de ataque. Superou todos os objectivos e acendeu a chama que esperamos ver brilhar na África do Sul em 2010.
Rússia começou o jogo a testar os flancos espanhóis mas as iniciativas foram sistematicamente bloqueadas, a primeira meia-hipotese aparecendo aos 15 quando Roman Pavluchenko rematou centímetros ao lado de fora da área.
Até então, Espanha tinha ameaçado a baliza de Igor Akinfeev aos 6, combinação entre David Silva, David Villa e Fernando Torres, que rematou à figura do guardião russo. Aos 11, outra vez a dupla Silva-Villa, Akinfeev mais uma vez estava atento.
Rússia começou a estancar os ataques espanhóis sem que seu meio campo encontrasse maneiras de penetrar até à área defendida por Casillas, até aos aos 30, Arshavin, muito vigiado durante toda a primeira parte, conseguiu servir Pavluchenko, que rematou ao lado do poste esquerdo.
Aos 34, Villa teve de ser substituído por Fabregas, devido a lesão. A primeira parte terminou com um sabor amargo para a Rússia, cujo ataque brilhante e incisivo, vindo do fundo do meio campo, estava totalmente bloqueado.
A segunda parte terminou pior, com os três golos da Espanha. Aos 49, Iniesta correu com a bola no flanco esquerdo e passou para Xavi Hernandez, a correr na direcção da baliza. 1-0.
Guus Hiddink tentou criar algum espaço tirando Senshov e Saenko aos 55 e enviando para o campo Bilyaletdinov e Sychev.
Aos 62, Sérgio Ramos, da direita, isolou Torres, que conectou com o joelho frente a Akinfeev. Luís Aragonês esgotou as substituições, chamando Xabi Alonso e Daniel Guiza, tirando Xavi Hernandez e Fernando Torres. Aos 70, Akinfeev teve de fazer duas defesas seguidas e aos 73, o segundo golo da Espanha. Contra ataque, Guiza. Aos 82, assistência de Fabregas, o 3-0 por David Silva.
O primeiro remate russo à baliza de Casillas veio aos 88 (Semak).
Nos dois jogos disputados entre estas equipas na fase final da UEFA 2008, Espanha venceu duas vezes, marcou 7, sofreu 1. Hoje (3-0), venceu e mereceu, tal como no dia 10 de Junho em Innsbruck (4-1). No entanto, neste campeonato, a Rússia convenceu. Superou por completo todos os objectivos e mostrou um belo futebol de ataque, organização em bloco e um espírito, garra e brio pouco comum no futebol deste nível. Por isso podemos dizer com toda a confiança Da zavtra, Rossiya! Até amanhã, Rússia!
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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