Pelo retorno da Língua Francesa no currículo escolar
Sou universitária e estou sempre atenta aos frequentes comentários e críticas sobre a degradação do ensino brasileiro em todos os níveis fazendo o Brasil ficar entre os piores colocados na classificação mundial.
O situação vem se agravando ano a ano apesar de todos os governos dizerem se empenhar em resolver o problema, fazendo reformas na estrutura do ensino ou aportando mais recursos. Todos sabemos que o sistema educacional de um país é o principal alicerce de seu desenvolvimento como um todo. A Coreia do Sul que saiu destroçada de uma guerra em 1953 tinha índices educacionais comparáveis ao Brasil em 1960. Hoje é o modelo para todo o mundo.
É fascinante conhecer sua história. Um amigo meu relata que no seu tempo de colégio foi alfabetizado aos 4 anos de idade e até hoje guarda seu caderno de caligrafia para comprovar. Aos 6 anos mudou-se para a capital de seu Estado onde foi matriculado no Colégio Marista. Lá concluiu os cursos primário, secundário e o chamado, na época, Curso Colegial ou Científico, ao final de seus 17 anos.
O que achei interessante em sua história é que o estudo da língua francesa fazia parte obrigatória do currículo, ao lado do português, durante os quatro anos do Curso Ginasial. Costuma comentar que hoje não se sabe nem conjugar os verbos em Português... Antônio Rocha, professor secundarista por mais de quarenta anos, recorda com satisfação que também estudou Francês no colégio e compara o sistema educacional daquela época superior ao dos dias atuais.
Marlete Oliveira e eu, ambas estudantes do curso de Letras com Francês da Universidade Estadual de Feira de Santana, não tivemos esse contato prévio com o idioma na escola. Por isso nos sentimos desafiadas a estudá-lo em nível superior e obtermos a graduação acadêmica que nos qualifique a abrir novos caminhos para cursos no exterior.
Contamos com a valiosa dedicação e estímulo do Prof. Fredson Oliveira, coordenador do Colegiado de Francês da UEFS, que luta com alunos e professores pela volta do ensino da língua nas escolas de Feira de Santana e região.
Por Clécia Rocha
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