Para que isso aconteça, vários ministérios e cargos do primeiro escalão foram distribuídos segundo critérios essencialmente políticos, sem observar se os ministros nomeados eram capazes de dirigir sua pasta.
Houve uma falta de luz que afetou doze estados brasileiros, inclusive os mais importantes. Na mesma hora a imprensa noticiou o apagão.
Prestando entrevista ontem, 20/01/2015, Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia afirmou que não tinha ainda elementos para informar as causas do ocorrido. Enquanto prestava seus esclarecimentos aos jornalistas, a reportagem foi interrompida para ser mostrada a versão dada pelo Operador Nacional do Sistema, órgão que cuida da distribuição de energia elétrica no país.
O senhor Adriano Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura explicava que a capacidade dos geradores de energia elétrica estava nos seus limites de tolerância, podendo falhar a qualquer instante. Ato contínuo, o Operador Nacional do Sistema ordenou que fosse interrompido o fornecimento de energia elétrica em vários estados, o que foi feito para evitar um dano que provocaria realmente um apagão grave. Restabelecidas as condições das usinas, também sobre ordens daquele órgão, a energia foi colocada uma vez mais em distribuição. A medida foi preventiva, pois o calor no país alcança níveis altíssimos e não chove. A cidade de São Paulo está ameaçada de ficar sem água, o que será uma catástrofe.
Ou seja, por causa de eleição na Câmara dos Deputados, o ministro de Minas e Energia desconhece as causas da falta de luz, enquanto o ONS dá a explicação do ocorrido no mesmo instante da fala do senador Eduardo Braga.
Parece certa a ex-senadora e ministra Marta Suplicy, amiga de Lula e fundadora do partido, que não teve dúvida em afirmar recentemente que “o PT muda, ou acaba.”
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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