Marcha da Maconha dá lugar a atos por liberdade após decisão do STF
É esta a principal manchete do portal Globo, com notícia do G1.
O Supremo tem andado muito flexível. Decisões como a união gay, certamente abririam caminho para outras, como a permissão da marcha da maconha. Justifica o Tribunal que é livre a liberdade de opinião, garantia constitucional. A ministra Carmen Lucia vai além: "vamos deixar falar a voz das praças, o que nós não conseguimos fazer", referindo-se ao tempo do regime militar. Foi longe demais a decisão do STF? Talvez sim, provavelmente não.
O Tribunal não autorizou o uso da droga, mas apenas o direito de expressão dos brasileiros. Esta é a primeira visada. Existe outra, ainda escondida pelas autoridades governamentais. Os presídios estão cada vez mais cheios. Traficantes infestam os mesmos. Uma vez descriminilazada a maconha, os bandidos perderiam grande fonte de renda, os policiais livravam-se da guerra contra eles e quem estivesse preso por este motivo seria solto. A lei nova beneficiaria o condenado, que seria de imediato devolvido às ruas.
Solução aparentemente confortável. Uma droga chama a outra. Em pouco tempo, o usuário da canabis sativa estaria usando outra, a cocaína, por exemplo. Ou as drogas sintéticas, como o ecstasy.
Agora o Supremo vai enfrentar outra parada dura. A esperada proposta da lei do 'trabuco livre', como na Constituição Americana, tão velha quanto a República naquele país. Já tentaram derrubar, mas a Corte Suprema disse não. Ninguém mexe na Carta Maior americana. Faz emendas. Mas nunca contrariando o que ela garante, como o direito de possuir o cidadão de bem arma ou armas para sua defesa.
Tempo quente...
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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