09 e 10 de Outubro ICS da UL. As relações entre economia, cultura e política em discussão num seminário promovido pelo Instituto de Ciências Sociais - Será a economia moral uma morada a que conviria regressar? Faz sentido voltar a defender uma esfera económica estatal? Que preceitos morais e culturais que estão implicados nas relações económicas?
No actual contexto da crise financeira, o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa organiza um vasto debate sobre as relações entre economia, cultura e política. A pretexto do lançamento de "A Economia Moral da Multidão na Inglaterra do Século XVIII" - texto clássico que vai ser agora publicado em Portugal pelas Edições Antígona -, reúnem-se historiadores, economistas, antropólogos e outros cientistas sociais de renome internacional para reflectir sobre a obra de E.P. Thompson, um dos mais importantes historiadores do século XX.
Para lá da ficção de que os mercados funcionam mecanicamente, há que descobrir os preceitos morais e culturais que estão implicados nas relações económicas. Este é um dos traços mais importantes da obra de Thompson, que é agora debatido na conferência A Economia Moral de E.P. Thompson, a realizar dias 09 e 10 de Outubro, no ICS, em Lisboa.
Diálogos com Thompson
Esta conferência é coordenada por José Neves investigador do ICS e nela serão apresentados os trabalhos de historiadores, economistas, antropólogos e outros cientistas sociais portugueses de referência. Um painel de nomes conhecidos - formado por José Manuel Sobral , Fátima Vieira, José Maria Castro Caldas, entre outros - irão comentar os trabalhos apresentados.
Licenciado em História Moderna e Contemporânea e doutorado em História com uma dissertação intitulada Comunismo e Nacionalismo em Portugal Política, Cultura e História no Século XX, pelo ISCTE, José Neves tem-se interessado pela história das ideias marxistas e pela história das historiografias comunistas, tendo coordenado Da Gaveta para Fora Ensaios sobre Marxistas. O investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa tem ainda tomado parte em debates intelectuais em torno do pensamento radical contemporâneo.
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